Veja neste diálogo um testemunho de fé e de coragem de um dos cristãos dos primeiros séculos da Igreja…
Após o primeiro martírio dos cristãos sob o imperador Nero, no ano 185, em Roma, o filósofo cristão Apolônio será executado por ser cristão, depois de se defender diante do procônsul Perennius, que lhe pedira para fazer sacrifício aos deuses e a estátua do imperador Cômodo:
O procônsul Perennius: “És um cristão?”
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Sobre a Vida dos Primeiros Cristãos
Sobre a Vida dos Primeiros Cristãos (Parte2)
Cristão, luz do mundo e sal da terra
Apolônio: “Sim, eu sou um cristão. Eu amo e temo a Deus que fez o céu e a terra, o mar e tudo que neles há(…)”
O procônsul: “Considerando o decreto do Senado, eu te aconselho a abjurar de tua fé. Então, ao honrares e adorares nossos deuses, como todos, irás continuar a viver entre nós”.
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Apolônio: “Eu conheço o decreto do Senado, Perennius. Mas eu sirvo o meu Deus, não ídolos feitos por mãos humanas. (…) É ao Deus do céu que eu sirvo, a ele só que eu amo. Ele soprou em cada ser uma alma viva, e é ele quem as mantém vivas a cada dia. Não, eu nunca me violentaria desta forma, Perennius, nem me curvaria diante de teus brinquedos! (…)”
O procônsul: “Apolônio, o decreto do Senado proíbe que sejamos cristãos”.
Apolônio: “O decreto do homem não prevalece sobre decreto de Deus. Quanto mais tu matares, em nome da justiça e das leis, estes, os inocentes que são os fiéis, mais Deus os aumentará em número”.
Anônimo Atos de Apolônio