“A missão do Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho e pelo Filho “de junto do Pai” (Jo 15,26), revela que o Espírito é com eles o mesmo Deus único. “Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado” (CIC § 263). Ele é uma Pessoa divina, viva, que fala, ouve, sente, age…
“O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (S. Agostinho, A Trindade 15,26,47).
Ele “falou pelos Profetas”, ensina o Credo. Por “profetas”, entendemos todos aqueles que o Espírito Santo inspirou para o anúncio de viva-voz e na redação dos livros sagrados, tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Diz São Pedro: “Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pd 1, 21).
São Paulo diz: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19). Ele pode ser sufocado em nossa alma por nossos pecados. “Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção” (Ef 4,30). Ele pode ser entristecido quando viramos as costas para Deus, quando negamos suas Leis, quando somos preguiçosos em ouvi-lo e seguir suas moções.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2Cor 13,13), deseja São Paulo.
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O Papa Paulo VI professou a fé da Igreja no Espírito Santo:
“Cremos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas e nos foi enviado por Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e governa a Igreja, purificando seus membros, se estes não rejeitam a graça. Sua ação, que penetra no íntimo da alma, torna o homem capaz de responder àquele preceito de Cristo: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (cf. Mt 5,48) (Credo do Povo de Deus, 13).
Foi Jesus mesmo quem nos revelou o Espírito Santo e no-lo enviou no dia de Pentecostes. Ele é inseparável do Pai e do Filho. Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o chamou de “Paráclito”, “advocatus”, “consolador”, aquele que está perto. O mundo pecador não pode recebê-lo, mas ele está com os filhos de Deus. Na Última Ceia, na despedida da Igreja, Jesus promete enviá-lo:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (Jo 14,15). Ele “vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse” (Jo 14,25). Ele é a memória viva da Igreja sobre tudo o que Jesus lhe ensinou.
“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13). E é por isso que a Igreja nunca errou o caminho da verdade, embora seus filhos sejam santos e pecadores.
Prof. Felipe Aquino