A Igreja nos ensina que desde a infância até a morte os anjos nos guardam, protegem e intercedem por nós (Mt 18,10; Lc 16,22; Sl 34,8; 90,10-13).
Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos no céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus” (Mt 18,1-10).
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Acreditamos, com a Igreja, que no dia do batismo, cada cristão é confiado a um anjo que o acompanha e o guarda em sua caminhada para Deus, iluminando-o e inspirando-o. Quem de nós não aprendeu, desde pequeno, aquela oração ao Santo Anjo da Guarda: “Ó santo Anjo da minha guarda, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine, Amém. Na Liturgia da Festa dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja implora a sua proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio” (Oração do dia).
“Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso lado, nos guardem dos perigos desta vida e nos levem à vida eterna” (Oração sobre as oferendas).
“Ó Deus, que alimentais com tão grande sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai-nos por meio dos vossos anjos, no caminho da salvação e da paz” (Oração depois da Comunhão).
A Igreja reza conforme ela crê (Lex orandi, lex credendi). Pela orações acima, oficiais em nossa liturgia, vemos que a Igreja não tem dúvida sobre a existência e ação dos anjos. Quem negar isto se põe, voluntariamente, fora dos ensinamentos e da fé da Igreja, e deixe de ser plenamente católico. Embora o Magistério da Igreja não tenha definido como dogma de fé a tutela dos anjos sobre os homens, alguns santos doutores da Igreja afirmaram a mesma concepção judaica de que o povo de Deus, as dioceses, as nações, etc., e cada pessoa tem um anjo protetor particular. Não há porque não aceitar tal concepção. S. Basílio Magno (330-369) afirmou que “cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (Eun. 3,1).
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Na Festa do Anjo da Guarda (2 de outubro), a Igreja põe diante dos nossos olhos o texto do Êxodo que diz:
“Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões e nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuzeus, e eu os exterminareis” (Ex 23,20-23).
Prof. Felipe Aquino