Ele é a imagem do Deus invisível (Col 1,15)

O Papa Bento XVI abriu o “Ano da Fé” – de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013 – , com o objetivo de reacender a fé no povo católico. A base deste evento é sem dúvida Jesus Cristo, “autor e consumador de nossa fé” (Hb 12,2). O conhecimento profundo de Jesus é que dará a cada fiel a oportunidade de um encontro pessoal com Ele e o reavivamento de sua fé Naquele que é o “Esplendor da glória de Deus e imagem do seu ser, e sustenta o universo com o poder de sua palavra” (Hb 1,3). Ele é o Senhor, o Redentor dos homens, o esperado das nações, o Filho bendito de Deus que armou a Sua tenda entre nós. “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9). “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col 1,15).

Entre os muitos livros que já li, destaco este que agora apresento nesta co-edição das Editoras Loyola e Editora Cléofas – “Jesus Cristo é Deus?”, do Padre espanhol José Antonio de Laburu, um dos mais famosos pregadores em língua espanhola. É um dos melhores livros que já li sobre Jesus Cristo. Com apenas oito conferências o Pe. Laburu mostra quem é Jesus Cristo em toda a sua beleza e esplendor. Antes de tudo coloca muito bem a questão da indiferença religiosa de nossos dias, como se a religião fosse algo secundário ou irrelevante para nossa vida. Em seguida, magistralmente, ele mostra o Rosto brilhante e divino de Jesus. Para isso percorre as Profecias do Antigo Testamento que falaram Dele e previram com muitíssimos detalhes tudo que Nele se realizaria. São previsões anunciadas desde sete séculos antes de sua chegada e que ninguém – a não se por Deus – poderia realizar.

Pe. Laburu mostra pela História e pela Ciência a existência real de Jesus; destacando o trabalho dos racionalistas inimigos da fé católica que tentaram anular os Evangelhos, e que tentaram mostrar ao mundo que eles eram uma farsa da Igreja, mas que  acabaram reconhecendo, segundo a mais severa crítica racionalista, que são autênticos. E são esses Evangelhos, autenticados pelos racionalistas como Renan, Harnack, Rosseaux, Diderot, etc., que revela a divindade do Mestre. Seguindo um raciocínio consistente o autor mostra o Rosto divino de Jesus, com base naquilo mesmo que os racionalistas deduziram de Sua figura singular que os impressionou. São esses Evangelhos, autenticados pela mais severa crítica racionalista, que mostram a divindade de Jesus Cristo. Encontramos neles mais de quarenta grandes milagres que Jesus fez, para deixar claro a sua divindade. São as suas “credenciais divinas”. Como concluiu Harnack, os racionalistas construíram um pedestal para a Igreja colocar sobre ele os Evangelhos.

“Jesus Cristo é Deus?” é um livro que todo católico precisa ler mais de uma vez, para conhecer profundamente quem é Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador; e assim, poder com alegria e convicção cumprir o que São Pedro pede a todo cristão: “Estai preparados para apresentar aos outros a razão da vossa esperança” (1Pe 3,15). Não é sem razão que este livro foi chamado de “máquina de fazer católicos”. Foi publicado em vários países e em espanhol teve mais de trinta edições. Sua leitura fortalece a nossa fé e nos dá um grande entusiasmo em sermos cristãos.

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Neste mundo de hoje, especialmente da mídia e da universidade, onde alguns, por ignorância ou por má fé, ainda teimam em negar, contra a Ciência e a História, a existência real de Jesus Cristo, este livro se torna indispensável. Para aqueles que pensam que Jesus é um “mito enganador”, o Pe. Laburu apresenta a Obra de Cristo, a Sua Santa Igreja, de dois mil anos, de 265 Papas, de milhares de mártires que por Jesus derramaram seu sangue, dos milhares de monges e eremitas que por Ele partiram para os desertos, dos doutores da Igreja, dos confessores da fé, etc.  Nenhum mito poderia deixar uma Obra de dois mil anos, com mais de dois bilhões de seguidores e missionários, que venceu o Império Romano, que sobreviveu às mais terríveis heresias, aos ataques do comunismo, do nazismo e do atual laicismo radical e anticristão que deseja apagar a fé no coração dos cristãos.

Por tudo isso eu fico muito feliz da Editora Loyola, ter aceitado neste Ano da Fé, publicar uma nova edição deste livro, em co-edição com a Editora Cléofas. Sua leitura será para muitos, sem dúvida, um grande alento neste Ano. Que a sua publicação seja para a maior glória de Deus, edificação da Igreja e salvação das almas.

Prof. Felipe Aquino

(Apresentação da co-Edição Loyola – Cléofas)