Nossa Senhora Auxiliadora

Essa invocação Mariana tem raízes já no século XVI.

Diante do perecimento de diversas nações cristãs, o Papa Pio V tomou a decisão de organizar uma esquadra para resgatar os cristãos que estavam sob o jugo da escravidão muçulmana.  E para isso, invocou o auxílio da Virgem Maria. E a vitória não tardou a chegar, no mesmo ano derrotaram os muçulmanos, e afastaram a perseguição do povo.. Em agradecimento a Nossa Senhora acrescentou a invocação, “auxiliadora dos cristãos” às ladainhas loretanas. Contudo, quem instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi o Papa Pio VII, em 1816.

Outro episódio importante aconteceu no século XIX.  Napoleão I, dominado pela ganância de conquistar mais terras, estava empenhado em invadir os estados pontifícios; inclusive por esse motivo foi excomungado pelo Sumo Pontífice.

No entanto, para dar o “troco”, o imperador francês mandou sequestrar o Papa Pio VII, levando-o para a França, onde permaneceu preso por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Ainda assim, apesar de todo sofrimento, o Papa não perdeu a fé, e recorreu à intercessão da Virgem Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que estivesse livre. E assim aconteceu. Com o fracasso, Napoleão acabou cedendo ao desejo do povo e libertou o Papa Pio VII. Este, voltou a Savona para cumprir sua promessa. Deste modo, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma, dia 24 de maio, como uma maneira de confirmar e perpetuar mais uma graça alcançada por meio da intercessão de Nossa Senhora.

São Leonardo (1676-1751), o santo da Via-Sacra e da Imaculada Conceição, falando das graças que recebeu da Santa Mãe de Deus dizia:

“Quando penso nas graças que tenho recebido de Deus pela intercessão de Maria Santíssima, comparo-me com uma dessas igrejas onde se venera qualquer imagem milagrosa e cujas paredes estão cobertas de ex-votos com as palavras: “Graça recebida de Maria”. Sim, tal é exatamente minha condição; não encontro nada em mim em que não possa escrever: “Graça recebida de Maria”. Os bons pensamentos que saem de meus lábios, a boa vontade que sinto, os piedosos sentimentos do coração que me animam: “São graças recebidas de Maria”. A força que possuo, o divino emprego que exerço, o hábito religioso que envergo: “São graças recebidas de Maria”. Lede na fronte, lede em meu coração, lede em minha alma; não vede vós lá escrito: “Graças recebidas de Maria Santíssima?”” (VtMM, p. 229)

E assim, Nossa Senhora continua “auxiliando” os cristãos desde toda a história da Igreja até os dias hoje, e isso o fará sempre.

Não deixemos nunca de clamar a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora!

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Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino