Uma homenagem ao Mons. Jonas Abib pelos seus 50 anos de vida sacerdotal
Hoje comemoramos os 50 anos de ordenação sacerdotal de Monsenhor Jonas Abib. Tive a alegria e a graça de Deus de conhecê-lo muito cedo, aos 20 anos de idade, há 44 anos; e sempre caminhei a seu lado, ajudando-o no que sempre pude. No início foram os Encontros de jovens em Campos de Jordão (“Construindo”), onde eu fazia palestras de namoro; que depois evoluiu para os Maranathás; as Experiências de Oração no Espírito Santo em todo o Brasil, depois a Rádio Canção Nova (CN), em seguida a televisão… hoje toda esta Rede de Evangelização que cobre o Brasil e o mundo.
Monsenhor Jonas veio morar em Lorena/SP, onde eu vivia, e passou a fazer Encontros para jovens e adultos no Colégio São Joaquim de Lorena, onde muitos rapazes e moças, homens e mulheres se converteram ou reavivaram a sua fé. Foi num desses encontros, que a Luzia Santiago se converteu e abraçou a fé para valer, creio que em 1974.
Num longínquo domingo à noite, quando eu deixava a Rádio Canção Nova para ir para minha casa, o padre Jonas me parou na rua, ainda de terra, para me dizer que ia começar a TV, “uma ordem do Senhor…” disse ele. Era verdade.
Há 42 anos tive a alegria de vê-lo celebrar o meu casamento com a Maria Zila; ele nos acompanhou espiritualmente em nosso namoro e noivado.
“O homem é do tamanho do seu sonho” disse um filósofo grego; isto se dá com o Padre Jonas. Há quase 40 anos o vejo sonhar grande, não por orgulho ou vaidade, mas por amor a Deus e às almas a serem salvas, especialmente os jovens que ele aprendeu tanto a amar com o seu pai Dom Bosco. Pe. Jonas acreditou, como Maria: “Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 45).
Pe. Jonas acreditou, sonhou alto, mas com os pés no chão; lenta e pacientemente, soube construir essa longa Escada que é a Canção Nova, degrau por degrau, até Deus; e sempre fiel ao Papa, ao Bispo, ao Magistério da Igreja e à sua Sagrada Tradição. Não faltou jamais em sua vida, um dia sequer, o amor apaixonado ao Senhor Eucarístico; à sua Mãe Santíssima, e a devoção aos Anjos e Santos.
Nosso querido Mons. Jonas, teve a ousadia e felicidade de ensinar a Igreja que é possível realizar a Obra de Deus com a generosa doação dos fiéis, como sempre aconteceu na Igreja; ele muito ajudou com isso a resgatar na Igreja católica a “cultura do dízimo”. Há 30 anos a Rádio Canção Nova está no ar sem propagandas e comerciais, e da mesma fora a TV CN há 25 anos. “Se tu creres, verás a glória de Deus” (Jo 11,40). Por causa da fé deste Homem, nós a vimos e estamos vendo a cada dia.
Entre muitas qualidades desse gigante de Deus, eu gostaria de destacar a sua fé inabalável, operativa, dom do Espírito; o seu amor apaixonado por Sua santa Palavra, a confiança depositada em quem trabalha com ele, a bondade e experiência do seu coração de Pai, o desprendimento total de si mesmo, o grande amor a Deus e a todos, e sobretudo o imenso zelo apostólico que o devora…
Quantas e quantas pessoas me escrevem e me dizem: “A Canção Nova salvou a minha vida”; “a Canção Nova é a minha companhia constante”; “a Canção Nova é a luz de Deus na minha casa”…
Este grande homem, sempre foi um grande empreendedor de Deus, na busca de salvar almas, como D. Bosco.
Quando, em 1974, o Papa Paulo VI publicou a Carta da Evangelização (“Evangelii Nuntiandi”), após o Sínodo sobre a Evangelização, e Padre Jonas sentiu-se um tanto “desafiado” pelo nosso ex-bispo de Lorena, D. Antonio Afonso de Miranda, de “fazer algo” mais pela evangelização dos jovens. Na verdade o Padre Jonas já fazia muito pelos jovens, e eu mesmo sou hoje um pregador e escritor, por causa de sua Escola. Posso citar ainda o Julio Brebau, o diácono Nei Guimarães, o Dr. Paulo César da Silva e sua esposa Wilma, e tantos outros, seguido dessa multidão que hoje o segue. Mais do que obras materiais, padre Jonas formou pessoas; e este é o segredo do seu sucesso; é um fazedor de homens e mulheres para Deus.
Padre Jonas empreendeu dois trabalhos pelos jovens: o Maranathá, um Encontro de jovens na linha da Renovação Carismática Católica e o Catecumenato em toda a diocese de Lorena. Foram dois trabalhos frutuosos; sobre o Maranathá fiz questão de escrever um livro para registrar o seu modelo, suas palestras e sua metodologia (Ed. Cléofas, 1997). De sua iniciativa nasceram também os Rebanhões de Carnaval, em Cruzeiro/SP, que depois se espalharam pelo país todo. Uma grande bênção para o povo de Deus.
Esse homem de Deus sempre almejou evangelizar, “seu alimento” sempre foi trazer os jovens especialmente, mas também os adultos, para Deus. Sempre foi como D. Bosco, um Pai e mestre da juventude. Soube corresponder aos efeitos da graça de Deus, e por isso empreendeu muito para a salvação das almas, edificação da Igreja, glória de Deus e construção do seu Reino.
O que a Igreja liga na terra, Deus liga no céu (cf. Mt 16, 16; 18,18). Assim, Padre Jonas, não seremos apenas nós aqui na Terra a celebrar esta conquista, mas também o Céu. Haverá júbilo no Céu entre os Anjos de Deus. E na presença deles e dos Santos cantaremos louvores a Deus por sua vida e por seu fecundo sacerdócio de 50 anos.
Deus seja louvado pelo Mons. Jonas Abib; Deus seja louvado pela Canção Nova!
Esse “homem de Deus”, qual um novo Moisés de nossos tempos, deu à Igreja uma força de evangelização poderosa que é a Canção Nova. Mais do que cumprimentá-lo pelos 50 anos de vida sacerdotal, e por tudo que fez, por ter correspondido à ação da graça de Deus, cada um de nós precisa dar-lhe de presente o compromisso de fazer esta Obra crescer ainda mais e cumprir sua urgente missão de levar a todas as pessoas o Evangelho da Salvação. Esse sempre foi o seu desejo, a sua permanente paixão. E será a sua maior alegria nesta celebração.
Prof. Felipe Aquino