SÃO PAULO, 24 Mai. 07 / 12:00 am (ACI).- Um dos representantes mais conhecidos da teologia da libertação, o frade dominicano brasileiro Alberto Libanio Christo, “Frei Betto”, tem proposto legalizar o aborto na região e considera que a defesa da vida só teria sentido em um mundo ideal.
A agência ALAI publicou a coluna “Aborto: Por uma legislação em defesa da vida” de sua autoria em que lamenta “as dificuldades que a Igreja Católica impõe” à discussão sobre o aborto e embora diga ser “contrário ao aborto, admito sua despenalização em certos casos e sou favorável ao mais amplo debate pois se trata de um problema real e grave que afeta à vida de milhares de pessoas e deixa seqüelas físicas, psíquicas e morais”.
Frei Betto, vinculado ao grupo de pressão de teólogos da libertação “Ameríndia”, sustenta contra os ensinamentos da Igreja que a oposição católica ao aborto “permanece aberta” pois “ao longo da história a Igreja nunca chegou a uma postura unânime e definitiva. Oscilou entre condená-lo radicalmente ou admiti-lo em certas fases da gestação” e sustenta que “até hoje nem a ciência nem a teologia têm a resposta exata” sobre “em que momento o feto pode ser considerado ser humano”.
Deixando de lado os ensinamentos do Código de Direito Canônico, o Catecismo da Igreja e a Encíclica Evangelium Vitae, o frade baseia suas afirmações nos textos de polêmicos teólogos e moralistas como Bernhard Haering e o bispo francês Duchene, desautorizados pela Santa Sé.
Assumindo os ensinamentos da Santa Sé como uma opinião mais, Frei Betto sustenta que “Roma está contra a despenalização do aborto apoiando-se no princípio de que não se pode legalizar algo que é ilegítimo e imoral: a supressão voluntária de uma vida humana. Entretanto a história demonstra que não sempre a Igreja o aplicou com o mesmo rigor a outras esferas, pois defende a legitimidade da ‘guerra justa’ e da revolução popular em caso de tirania prolongada e inamovível por outros meios (Populorum Progressio). Trata-se do princípio tomista do mal menor. E em muitos países a Igreja aprovou a pena de morte para os criminosos”.
Comentário
Esta posição lamentável de frei Betto, adepto ferrenho da teologia da libertação e do grupo marxista Ameríndia, mostra de maneira inequívoca que os adeptos dessa linha teológica deixam muito a desejar em termos de moral, e caem com facilidade naquilo que o Papa Bento XVI tem chamado de “ditadura do relativismo” moral e religioso. Como pode alguém que se diz frei e religioso, contestar a posição oficial da Santa Igreja de que a vida começa no momento da fecundação.Como pode um religioso propor matar um criança inocente no ventre sagrado da mãe para resolver problemas sócias?Não é possível que os superiores hierárquicos do frei Betto não se importem com tudo isso?Os verdadeiros católicos não podem se calar diante de tal absurdo!
Prof. Felipe Aquino Aquino