“A prova de sua maternidade viria para mim somente quando tomei a decisão de me deixar ser seu filho”… assim afirmou Scott Hahn, ex-pastor presbiteriano.
O caminho da minha conversão me levou para o ministério presbiteriano. Ao longo dessa caminhada, tive meus momentos antimarianos a partir de uma culpa juvenil.
Meu primeiro encontro com a devoção mariana veio quando minha avó faleceu. Ela era a única católica dos dois lados da minha família, uma calma, humilde e santa alma. Como eu era o único praticamente de uma religião na família, meu pai me deu os artigos religiosos de minha avó quando de seu falecimento.
De repente, eu olhei para aquilo horrorizado. Segurei seu rosário entre minhas mãos e, à parte, arrebentei-o, dizendo: “Deus, liberte-a das correntes do catolicismo que a prendiam”. Eu quis dizer isso mesmo. Eu via o Rosário e a Virgem Maria como obstáculos que se colocavam entre minha avó e Jesus Cristo.
Mesmo quando lentamente fui me aproximando da fé Católica – atraído inexoravelmente por uma verdade após outra da doutrina –, eu não poderia aceitar para mim mesmo os ensinamentos da Igreja sobre Maria.
A prova de sua maternidade viria para mim somente quando tomei a decisão de me deixar ser seu filho. Apesar de todos os poderosos escrúpulos da minha formação Protestante – lembre-se, havia poucos anos, eu dilacerara as contas do terço de minha avó –, eu mesmo, um dia, peguei o terço e comecei a rezar. Rezei numa intenção bem específica, praticamente impossível de ser atendida.
No dia seguinte, peguei o terço e rezei de novo, e no outro dia também, e no outro, e no outro… Meses se passaram antes de eu perceber que minha intenção, uma situação praticamente impossível, tinha sido revertida desde o primeiro dia em que peguei no rosário e comecei a rezar. O meu pedido tinha sido atendido.
A partir desse momento, eu conheci minha mãe. A partir desse momento, acreditei, realmente conheci a minha casa na aliança da família de Deus: sim, Cristo era meu irmão. Sim, Ele me ensinara a rezar o “Pai-Nosso”. Agora, no meu coração, eu aceitava a Sua ordem para “receber” a minha mãe.
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Tudo por Jesus, nada sem Maria!
Retirado do livro: “Salve, Santa Rainha”. Scott Hahn. Ed. Cléofas.
Sobre o livro SALVE, SANTA RAINHA
Assim relata o autor:
Neste livro eu gostaria de compartilhar esse conhecimento – e sua inabalável fundamentação bíblica – com muitos cristãos que me escutarão, em oração, com uma mente aberta.
Especialmente, desejo endereçá-lo aos irmãos católicos romanos, porque muitos de nós precisamos redescobrir a nossa Mãe, descobri-la pela primeira vez, ou talvez, vê-la com novos olhos. Mesmo aqueles que permanecem fiéis à Mãe de Deus podem, por vezes, fazê-lo de maneira a aprofundar seu embasamento na Escritura, dando mais sentido às suas devoções. Prendam-se a um conjunto de citações do Novo Testamento como uma espécie de último recurso mariano. Estes bons católicos, embora honrem sua Mãe, não entendem plenamente seu significado no plano divino.
Maria enche as páginas da Escritura, desde o começo do primeiro livro até o final do último. Ela está lá, no plano de Deus, no início dos tempos, assim como os Apóstolos estavam, assim como a Igreja e o Salvador; e ela estará lá no momento em que tudo for consumado.
Scott Hahn,tem 57 anos, nasceu em Pittsburgh, nos Estados Unidos. É casado com Kimberly Hahn, há 36 anos, com quem tem seis filhos. É bacharel em Teologia, Filosofia e Economia; e Ph.D. em Teologia Sistemática. Durante dez anos de sua juventude participou de congregações protestantes. Converteu-se à fé católica na Páscoa de 1986 (há 29 anos). Ex-pastor protestante, doutor em Sagrada Escritura, hoje é um homem apaixonado pela Igreja Católica. É autor dos livros: “Todos os caminhos levam a Roma”, cujo conteúdo é sobre a conversão e a experiência de fé vivida por ele e pela esposa, em sua caminhada cristã; “O Banquete do Cordeiro”, que traz uma nova visão sobre a Santa Missa, “Razões para crer”, um verdadeiro manual de apologética e “Salve, Santa Rainha”, um estudo sobre a mãe de Deus na Palavra de Deus. Seus livros são recomendados por mais de 10 arcebispos americanos e alguns já foram traduzidos para mais de 30 idiomas.