O Dr. Michael Guillen, ex-instrutor de física na Universidade de Harvard e apresentador do programa “De onde veio?”, no History Channel, assinalou que a “faísca” da fecundação encontrada recentemente, que acompanha o início da vida humana, é um novo ponto de encontro entre a fé e a ciência.
Em um artigo publicado na página da Fox News, Guillen explicou que ao seu parecer “as imagens publicadas recentemente por cientistas da Northwestern University de luzes diminutas que assinalam o momento da concepção humana evocam uma verdade maior, de tamanho cósmico, a qual se aderem tanto a ciência como a Bíblia”.
“Pois a própria criação do universo – a mãe de todos os momentos de concepção – esteve igualmente marcada por uma explosão de luz”.
Em um artigo publicado no dia 26 de abril, a Northwestern University informou que cientistas de seu centro de estudos descobriram que “uma impressionante explosão de fogos de artifício de zinco ocorre quando um óvulo humano é ativado por uma enzima do espermatozoide”.
Guillen assinalou que de acordo com a ciência, no momento do Big Bang – a grande explosão que teria dado início ao universo – uma explosão inimaginável de luz acompanhou a criação de hidrogênio e hélio, os primeiros átomos do cosmos embrionário.
“Até hoje, o tênue resplendor dessa luz seminal – o assim chamado fundo de micro-ondas – é visível para certos tipos de poderosos telescópios”, indicou.
Entretanto, continuou, de acordo com a teoria do Big Bang, as coisas não acabaram aí. “Os átomos de hidrogênio eventualmente começaram a se fundir, da mesma forma que acontece em uma bomba de hidrogênio, e – pronto! – novamente, em um resplendor de luz, as primeiras estrelas começaram a existir”.
Essas estrelas, por sua parte, “cozinharam os elementos mais pesados conhecidos até hoje. Inclusive os átomos de zinco que explodem, como fogos de artifício, cada vez que um ser humano é concebido”.
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A harmonia da ciência com a fé
Para o Dr. Michael Guillen, resulta “notável” que “a Bíblia coincida com a ciência em que o universo foi concebido em um paroxismo de iluminação”.
De acordo com o Livro do Gênesis, explicou, “esse evento aconteceu no momento exato em que Deus pronunciou as palavras imortais ‘Faça-se a luz’”.
A Sagrada Escritura outorga um status sagrado à luz, indicou Guillen, pois na primeira carta de João “a luz é identificada com o próprio Criador: ‘Deus é luz, e nele não há trevas’”.
“Os cientistas não usam esse tipo de linguagem, é obvio, mas surpreendentemente, estão de acordo em que a luz definitivamente tem um status transcendente”, assinalou.
Mas isto nem sempre foi assim, recordou o cientista americano, pois Albert Einstein, com sua teoria da relatividade em 1905, revolucionou o conceito da luz que os cientistas tinham até então.
De acordo a Einstein, indicou Guillen, “a luz experimenta uma realidade totalmente diferente da que nós experimentamos”, pois “habita uma realidade de outro mundo onde, entre outras coisas, as leis comuns do espaço e do tempo não se obedecem”.
“Como Deus, a luz transcende as restrições do mundo ordinário, físico”.
Embora relutante inicialmente à proposta de Einstein, atualmente isto “é um componente chave do catecismo científico moderno”, sublinhou Guillen.
“Portanto, assim como a Bíblia, a ciência agora aceita que quando interagimos com a luz, interagimos com algo que está ao mesmo tempo dentro deste mundo, mas não é deste mundo”.
O cientista norte-americano disse que, entre estes encontros com a luz, destacam-se aqueles em que “a luz aparece de maneiras abruptas, que chamam a atenção. Como um momento de criação quando um pouco verdadeiramente especial que não estava aí antes repentinamente começa a existir – tanto um embrião humano, uma estrela ou um universo inteiro”.