O Bispo do Funchal, (Portugal), Dom Nuno Brás, propôs alguns “sinais exteriores de fé” para que os católicos vivam a Semana Santa em suas casas, uma vez que as celebrações nas Igrejas não poderão ter a presença do povo, devido à quarentena pela pandemia do coronavírus COVID-19.
Assim, em uma nota pastoral sobre a Celebração da Páscoa, o Prelado sugeriu que, no Domingo de Ramos, os fiéis coloquem na porta de suas casas “uma cruz (construída com madeira, com ramos de árvores ou com outro material), e que, no Domingo de Páscoa, a ornamentem com flores (se não for possível de outro modo, com flores de papel feitas pelas crianças)”.
Pediu ainda que enviem “para o Facebook da diocese uma fotografia da cruz gloriosa”.
Para o Sábado Santo, Dom Nuno convidou a que, às 22h, “coloquem numa janela de casa uma vela ou acendam as luzes da habitação”.
“Cada família, cada lar, não deixará certamente de procurar viver e celebrar a Páscoa como IgrejaDoméstica”, assinalou o Bispo do Funchal, o qual convida todos a acompanharem a transmissão das celebrações pelos meios de comunicação e sugere ainda que sigam o subsídio “Tríduo Pascal em Família”, produzido por Pe. Ricardo Figueiredo e publicado pela Editora Paulus.
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Em sua nota pastoral, Dom Nuno Brás explicou que “a Páscoa é o centro das celebrações cristãs, o centro do ano litúrgico. Nela celebramos a morte e a ressurreição de Jesus, que tornou a nossa morte em esperança de vidaeterna, e celebramos, também, o nosso baptismo, quer dizer: a vida de Cristo ressuscitado que, por meio do Espírito Santo, dá vida divina à nossa existência”.
O Prelado recordou a pergunta feita pelos apóstolos a Jesus: “onde queres que façamos os preparativos para a Páscoa?”. “Estou seguro de que, este ano, a resposta que Jesus nos dá é: ‘em tua casa, com aqueles com quem vives este tempo de quarentena’”, respondeu.
Nesse sentido, assinalou que “nos tempos em que vivemos somos chamados a ser Igreja, mesmo e sobretudo em nossas casas, fazendo o bem, sendo responsáveis por todos, escutando a Palavra de Deus, assistindo às celebrações através dos meios de comunicação e comungando espiritualmente”.
Por fim, exortou a que, “como quer que seja, vivamos a Páscoa do Senhor, a Sua morte e ressurreição. Sejamos um testemunho credível de Jesus e ajudemo-nos todos uns aos outros a passar este momento difícil da nossa vida. Não nos afastemos de Deus. Não passemos estes dias sem celebrar a Ressurreição, a Sua e nossa vitória sobre a morte”.