As abusivas invasões de terra

Continuam a invasões de terra fora da lei

Os jornais continuam a anunciar que José Rainha e seus seguidores do MST continuam a invadir propriedades alheias, de maneira abusiva e fora da lei, como se fosse uma atividade legal e moral. O jornal Folha de SP de hoje (30 junho 2007) informa que já são já são 67 invasões neste ano no Estado, segundo o Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo). Um absurdo.

O fato lamentável nesta triste história é que as autoridades permitem que uma Instituição que nem legalizada é, o MST, provoque esta desordem social, o que tem gerado mortes e violência. Parece até que vivemos num país em leis e sem autoridades constituídas para manter a ordem.

Todos sabem que o MST é um movimento político muito mais do que social, e que é fomentado e ajudado financeiramente pelo atual governo federal; por isso age acima e fora da lei. É bom lembrar aqui que pelos menos duas vezes o Papa João Paulo II condenou veementemente essas invasões de terra no Brasil:

1 – Ao segundo grupo de Bispos do Brasil, provenientes do Regional Sul l da CNBB, em visita “ad limina Apostolorum” de 13 a 28 de Março de 1996, o Papa disse:“Recordo, igualmente, as palavras do meu predecessor Leão XIII quando ensina que “nem a justiça, nem o bem comum consentem danificar alguém ou invadir a sua propriedade sob nenhum pretexto” (Rerum Novarum, 55). A Igreja não pode estimular, inspirar ou apoiar as iniciativas ou movimentos de ocupação de terras, quer por invasões pelo uso da força, quer pela penetração sorrateira das propriedades agrícolas.

2 – Novamente em Discurso em 26/nov/2002 aos bispos do Brasil, o Papa João Paulo II disse:“Para alcançar a justiça social se requer muito mais do que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como, por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada na minha viagem pastoral em 1991 – e de edifícios públicos e privados, ou por não citar outros, a adoção de medidas técnicas extremas, que podem ter conseqüências bem mais graves do que a injustiça do que pretendiam resolver”.

Se é preciso fazer reforma agrária no Brasil, com as terras improdutivas, tudo bem, mas que tudo se faça dentro da ordem e da lei; para isso temos o Parlamento que deve votar e aprovar as leis. Fora disso é desordem e anarquia que não podem ser admitidas.

Acima de tudo é lamentável que alguns leigos católicos, assim como alguns padres e bispos apóiem essas iniciativas fora da lei, de invasão de terra, contra a orientação da Igreja e do Papa.

Prof. Felipe Aquino – 30 junho 2007


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino