Mais uma instituição européia, a cadeia britânica BBC, reconheceu que a Europa atravessa um “inverno demográfico”, ou o que Dr. Pierre Chaunu chama de “implosão demográfica”. Em uma recente transmissão, esta rede de televisão indicou que os “níveis populacionais em distintas partes do mundo desenvolvido estão declinando, mas isso é particularmente mais notório nos países ocidentais”, especialmente na Europa. (fonte: acidigital.com, 15.08.2007)
Por exemplo, explica a noticia que “em 1974, 100 mil bebês nasceram em Eslováquia, agora dificilmente chegam a 50 mil por ano”, menos da metade da média desse então.
O Secretário Internacional do Congresso Mundial das Famílias, Allan C. Carlson, disse que “das dez nações com as taxas de nascimentos mais baixas do mundo, nove são européias. De acordo à União Européia, a média do Continente chega a 1,37 crianças por mulher”. Sabemos que esta taxa mínima necessária para se manter a população – não para aumentar – é de 2,1 filhos por mulher. A Europa está longe disso, e por isso sua população já está em rápida diminuição. Só na Rússia a população diminui de um milhão de pessoas por ano, especialmente porque lá o número de nascimentos é menor que o de abortos.
Com estes dados europeus, os meios como a BBC, explica Carlson, “estão começando a dar-se conta da grave crise pela qual o Congresso Mundial das Famílias falou por anos”.
“Menos crianças e uma população que envelhece gerarão uma crise que os europeus logo estão começando a observar”, adverte Carlson, e afirma que entre os efeitos desta se pode mencionar “poucos postos de trabalho, derrota nos impostos e cada vez menos adultos que terão que encarregar-se de cada vez mais e mais pessoas idosas”. Isto gera forte crise no sistema previdenciário.
Consequentemente a Europa vai sendo invadida por muçulmanos, africanos e asiáticos que vão suprindo a falta de mão de obra. Embora a imigração seja bem vista pela Igreja como um preceito da caridade, no entanto a destruição da rica cultura européia, que é a base da civilização cristã ocidental começa a correr risco.
Também o Brasil já entrou para o rol dos países onde a população tende a se estabilizar, pois já chegamos ao índice de apenas 2,0 filhos por mulher. O Brasil, e os demais paises latino americanos têm, em média, apenas cerca de 18 pessoas por km quadrado, enquanto que o Japão tem 300; e a Europa em média 120. Quer dizer, a América Latina é um continente vazio em comparação com a Europa e Ásia. Por que, então, controlar-se radicalmente a natalidade? A quem interessa? Não é ao Brasil.
É bom notar que os paises que hoje tem maior desenvolvimento econômico são exatamente os mais populosos: China e Índia…
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br