Cresce a importância da abstinência sexual e fidelidade conjugal na luta contra a AIDS

Aumenta a cada dia os portadores de Aids na África, e a Igreja Católica continua insistindo na castidade e fidelidade conjugal

A África é o continente mais castigado pela AIDS; são milhões de portadores do vírus; em certos países a epidemia atinge cerca de 30% da população. O que está ficando cada vez mais claro, de modo especial  na África, é que o uso da camisinha não só não reduz o número de pessoas infectadas pelo vírus, como ainda aumenta este número, e o que tem dado grande resultado é o método da abstinência sexual e da fidelidade conjugal; como a Igreja Católica sempre propôs.

O site “AllAfrica.com” reproduziu um artigo de opinião que deu a volta ao mundo. Nele um especialista africano reclama de suas autoridades reproduzir nos distintos países do continente o modelo de Uganda contra a AIDS, a única estratégia que colheu êxito nesta vasta região e se apoia fundamentalmente em promover a abstinência sexual até o matrimônio assim como a fidelidade conjugal. Com o título “A estratégia ABC contra a AIDS é o caminho a seguir” (ACIDIGITAL 27 de agosto de 2007), o artigo adverte que para o ano 2010 se estima que cerca de cem milhões de pessoas serão soropositivos em todo mundo e a maioria viverá na África e Ásia. Segundo o autor, a história bem-sucedida de Uganda, que conseguiu reduzir de 30 para 6% a taxa de AIDS promovendo mais abstinência que preservativos, deve ser empregada em todo o continente.”O método de Uganda era claro: a AIDS te mata, abstenha-se das relações sexuais antes do matrimônio e sejas fiel no matrimônio. A esperança se recuperou e Uganda se converteu em um ponto de referência para o tema da AIDS”, sustenta o especialista.Entretanto, recorda que o caso Uganda não tem apoio comercial porque os vendedores de preservativos perdem negócio ao promover a abstinência e em segundo lugar “algumas organizações ganham o pão de cada dia através da AIDS. Isto obriga a mudar a estratégia de prevenção a algo que não seja ABC”. Ante quem apresenta a abstinência como um ato primitivo e religioso, o especialista recorda que o que está em jogo é a vida, lamenta que entidades como UNAIDS (da ONU) não apreciem o modelo de Uganda nem invistam em promover a abstinência.Segundo o especialista, a Comissão de AIDS de Uganda (UAC) viu-se obrigada a ceder ante as pressões dos doadores e introduzir mais preservativos em suas campanhas. O autor explica que isto está já causando um retrocesso no combate  a  AIDS e pediu aos ugandeses recordar que o dinheiro não serve se arriscar a vida.Em uma declaração emitida em 4 de dezembro de 2006, o Embaixador da Suazilândia nos Estados Unidos, Ephraim M. Hlophe, destacou que a porcentagem de pessoas infectadas neste país africano diminuiu graças à aplicação de uma política que promove a abstinência antes do casamento e a fidelidade no casamento. No texto emitido durante o seminário “Como o Governo da Suazilândia e a crise da AIDS se cruzam”, o Embaixador explicou que “sua Majestade, o Rei Mswati III, reconheceu a profundidade do problema e está olhando os outros países africanos como Uganda, para encontrar modelos de luta contra o HIV/AIDS, aonde a noção de ‘abstinência, fidelidade e preservativos é bastante sensata e por isso a estamos aplicando consistentemente como política”. ” No caso da AIDS, o contágio de pessoas infectadas caiu de 42,6 por cento em 2004 para 39%, 2 por cento este ano.” (ACIDIGITAL 06 de dezembro de 2006).

Vários governos estão descobrindo que o melhor meio de prevenir a população contra o contágio da AIDS, é a abstinência sexual. Há muito o governo dos EUA já vem optando por esta linha. Perante os delegados de 17 países que participaram de uma cúpula sobre a AIDS na África, o Presidente da Uganda Yoweri Museveni rejeitou a proposta de entregar preservativos nas escolas porque – afirma – isto só causará mais contágio. Com a autoridade de ser o protagonista da política mais bem-sucedida na luta contra a AIDS na África, Museveni afirmou que promovendo a abstinência o seu país reduziu a AIDS com melhores resultados que naquelas nações onde se privilegia o uso dos preservativos. “Para nós é inaceitável ir às escolas primárias ou secundárias e ensinar os alunos como serem promíscuos e usar preservativos”, disse Museveni. Na cúpula, o Presidente recebeu o “Prêmio Elizabeth Glaser Pediatric Foundation Leadership” pelo seu compromisso com a saúde dos menores. Museveni assinalou que o preservativo é um “investimento perigoso” porque há indicadores que mostram que não podem bloquear certos vírus. “Deveríamos encontrar outras formas de ocupar as mentes das nossas crianças” (ACIDIGITAL em 20 de outubro de 2004). O Presidente disse que as crianças devem ser educadas em como encontrar os seus companheiros de vida.A Secretaria de Saúde do governo mexicano também  reconheceu a eficácia da abstinência e da fidelidade  conjugal como meios para evitar a AIDS, e anunciou que incluirá ambos os métodos na informação que dá aos jovens sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes em adolescentes. O subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde da dependência, Mauricio Hernández Ávila, declarou à imprensa que não têm contemplado promover nem distribuir massivamente preservativos porque consideram que essa estratégia, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, não gera mudanças nas atitudes dos jovens.Hernández disse que “se você praticar a abstinência é um bom método, o mais seguro, aí não há perda; praticar a fidelidade é um bom método” (ACIDIGITAL 24 de janeiro de 2007).

Enfim, mais uma vez, a Igreja Católica tem razão; ela está ao lado da vida, é assistida pelo Espírito Santo, por isso, como disse um dia o Papa Paulo VI: ela é “doutora em humanidade”.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino