O jornal portugues “PortugalDiário” publicou em seu site, em 08 jan 07, dados interessantes sobre os subsídios que os governos europeus estão dando aos casais para incentiva-los a ter mais filhos. Mas fica aqui desde já a pergunta: Será que o dinheiro será capaz de conseguir o que o amor dos pais não conseguiram?
Vários paises europeus com baixa natalidade estão dando subsídios de nascimento, abonos, compensação para os pais que queiram deixar o emprego, licenças de maternidade e ajudas na educação, entre outras. Em Portugal nascem cada vez menos bebês.Para incentivar a natalidade, o Governo alemão decidiu agora atribuir um subsídio, que pode chegar aos 25 mil euros, porque nas últimas décadas, as taxas de nascimento na Alemanha caíram a um ponto que autoridades consideram «alarmante». A taxa de fertilidade média é de 1,37 filho por casal, bem abaixo da média de 2,1 considerada necessária para manter a população em nível estável. A legislação previa que pais que decidissem ter filhos podiam receber até 7,2 mil euros por um período máximo de dois anos. A partir de 1 de Janeiro 2008, com a entrada em vigor da nova lei, podem receber até dois terços do salário durante um ano, no valor máximo de 25,2 mil euros. A França anunciou recentemente um pacote de medidas para conciliar a maternidade com a vida profissional e estimular as mulheres a terem um terceiro filho. As francesas que derem à luz um terceiro filho poderão usufruir, se assim desejarem, de uma licença de maternidade mais curta (de três anos para um) mas mais bem remunerada, com cerca de 750 euros por mês. A estas medidas somam-se auxílios mais elevados para as despesas com as crianças, creches gratuitas, descontos em restaurantes, supermercados, cinemas e transportes públicos e ainda actividades extra-escolares a preços reduzidos. O regime de Segurança Social francês prevê vários subsídios para as famílias, entre os quais o de nascimento (830 euros), o de base (166 euros por mês, até aos três anos) e o de início de aulas para os agregados desfavorecidos – 265 euros. Além disso, há também benefícios fiscais para os casais com filhos. Atualmente, a França tem uma taxa de natalidade de 1,9 filho por mulher e é, depois da Irlanda, o país da Comunidade Europeia com os melhores índices. Na Suécia considerado pela ONU como «o melhor lugar do mundo para ter filhos», um dos pais pode ficar em casa por um ano com 80 por cento do ordenado. A assistência pré-natal é gratuita e há uma rede de creches privadas de preços controlados. Fernando Castro, presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), disse ao “PortugalDiário” que em países nórdicos como Suécia, Dinamarca e Noruega há ainda uma compensação estatal, caso um dos pais decida desempregar-se ou sub-empregar-se para ficar em casa com os filhos. Na Espanha, os pais têm direito a subsídio de risco na gravidez, abono de família que aumenta a partir do segundo filho e subsídio de nascimento para o terceiro filho e seguintes. Em Portugal, o abono de família é determinado em função dos rendimentos, não sendo atribuído aos agregados familiares com um rendimento superior a 1875 euros mensais. No primeiro ano o valor é maior e vai diminuindo conforme a criança fica mais velha. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2005 nasceram 109.457 crianças
em Portugal. Com um índice de fecundidade de 1,4 filhos por mulher, que tem vindo a diminuir, «Portugal continua a não assegurar a renovação de gerações e o défice de nascimentos ronda os 55 mil por ano», explicou o presidente da APFN. O Algarve é a zona do país onde se regista um aumento mais constante da taxa de natalidade nos últimos anos, segundo dados do INE. 16 por cento dos bebés que nasceram em 2003 no Algarve são filhos de mãe estrangeira, na maioria de mulheres ucranianas e brasileiras. (Fonte: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=759443&div_id=291 Segundo o Dr. Pierre Chaunu, professor de História moderna da Sorbonne na França, o mundo está em rápida e perigosa “implosão demográfica”. Segundo ele, acontece com a Europa o que aconteceu com o Império Romano, que submergiu por causa do controle da natalidade e do alto índece de aborto. Ambas as realidades acontecem hoje na Europa. A Igreja continua a lembrar que: “A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção e da generosidade dos pais” (GS 50,2; Cat. §2373). “Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais.” (Catecismo §1652).E o salmista reza: “Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas. Tais como as flechas nas mãos do guerreiro, assim são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que assim encheu sua aljava: não será confundido quando defender a sua causa contra seus inimigos à porta da cidade.” (Sl 126)Quem ainda tem fé para acreditar nessa “Palavra de Deus”?Quem nela crer, será feliz!
Prof. Felipe Aquino