”Não é anticoncepcional de emergência, mas sim aborto de emergência”, afirma diretor de Instituto de Bioética
08/03/2007
O diretor do Instituto de Bioética da Universidade Católica de
La Plata, Juan Carlos Caprile, considerou que a pílula do dia seguinte não deve se identificar como um “anticoncepcional de emergência, mas sim como um aborto de emergência”, dado que entre seus efeitos está o de evitar que um óvulo fecundado se implante no útero materno.Para o perito, a pílula do dia seguinte, que o governo argentino distribui gratuitamente no sistema público de saúde desde segunda-feira, “é abortiva porque diminui notavelmente a espessura da parte interna do útero (endométrio) não permitindo que se fixe o embrião entre os 7 e 14 dias de ocorrida a concepção, eliminando-o”.
Caprile assinalou que “está comprovado pelos últimos adiantamentos científicos da biologia molecular que a penetração do espermatozóide no óvulo marca o início da vida humana , e portanto desde esse momento é um novo indivíduo único e irrepetível que possui toda a informação necessária para ir desenvolvendo suas capacidades”.“É por isso que tem o direito à vida mencionado na Constituição Argentina, na Declaração dos Direitos humanos e nos Direitos da Criança. Deve ser tratado com a dignidade que merece por sua condição de Pessoa em sua conformação física, biológica e espiritual com um sentido da Transcendência”, destacou.
Nesta semana, o Governo de Néstor Kirchner iniciou a distribuição gratuita da pílula do dia seguinte nos Centros Assistenciais Públicos de todo o país como parte do Programa Nacional de Saúde Sexual e Procriação Responsável.Fonte: ACI-08março 2007