CNBB é contra o uso de celulas-tronco embrionárias

  

Em seu comunicado de 29 fev 2008, a CNBB reafirma a posição da Igreja Católica radicalmente contra o uso de células tronco embrionárias para pesquisas científicas. O motivo principal é que o embrião humano já é um ser humano dotado de uma alma imortal, imagem e semelhança de Deus, e que por isso não pode ser destruído.  

Por outro lado, inúmeras pesquisas mostram a enorme vantagem de se trabalhar com células tronco adultas, não embrionárias, retiradas de varias partes do corpo. Neste caso não se trata de embriões. 

 Na próxima quarta-feira, 5 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), proposta pelo Procurador Geral da República, impugnando a constitucionalidade do artigo 5º e seus respectivos parágrafos da Lei de Biossegurança.  

Disse o Presidente da CNBB, D. Geraldo Lyrio Rocha: “A Igreja volta mais uma vez a dirigir sua palavra em defesa da vida. Esta é a posição básica e fundamental da Igreja. Não significa ser contra a ciência, contra o progresso, mas ser em primeiro lugar a favor da vida”

D. Geraldo Lyrio e os bispos do Conselho Permanente decidiram enviar uma carta aos ministros do STF para expressar a posição da Igreja. “Não queremos fazer pressão sobre o STF, mas expor, inclusive como integrantes da própria sociedade brasileira, o nosso ponto de vista, pois a Igreja não pretende impor o seu ponto de vista, mas defender seu direito de propor e de anunciar, sobretudo, quando se trata de uma questão como esta que extrapola os diferentes credos, posições filosóficas, ideologias, partidos políticos, dado ser uma questão que diz respeito a todos”. 

O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, lembrou que a Campanha da Fraternidade deste ano, abordando o tema Fraternidade e Defesa da Vida, quer “abarcar todo o conjunto da vida humana, da concepção à morte natural”. O secretário afirmou, ainda, que a partir do momento que a vida começa, deve ser protegida, inclusive pelas instituições da sociedade civil e do próprio Estado. Para ele, a Lei de Biossegurança, quando aprovada, trouxe erros graves ao misturar temas completamente díspares num único projeto de lei. “A Lei de Biossegurança abre caminho para a legalização progressiva do aborto e o desrespeito da vida humana”, declarou. 

D. Dimas disse que a “transigência nesse momento seria abrir as portas para outras formas progressivas de manipulação da vida humana nascente”.  

Sobre o uso de células-tronco embrionárias na cura de algumas doenças, dom Geraldo Lyrio afirmou: “Salvar um e matar outro não é resposta”. “A Igreja é sensível ao sofrimento de tantas pessoas que desejam a cura e estimula os cientistas para que possam progredir nas pesquisas para que doenças incuráveis possam ter cura. A Igreja não concorda é com a manipulação dos sentimentos das pessoas e o seu desejo de viver, a sua esperança de encontrar uma cura, com informações falsificadas. É não só reprovável, é desumano. Vamos passar informações corretas, seguras e não alimentar expectativas falsas”.  

 Podemos atuar junto ao STF assinando o abaixo assinado em defesa da vida e contra ou uso de embriões humanos.

Veja em http://www.petitiononline.com/vidasim/petition.html

Como católicos não podemos nos omitir nesta hora tão grave para a vida humana, ameaçada de morte. A minoria ma´ impõe sua vontade à maioria boa quando essa se cala. 

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino