Eu fui abortada!

 Por: Gianna Jessen

 Depoimento de uma sobrevivente ao aborto  

http://www.giannajessen.com 

 

 

É sabido que “um dos problemas” dos abortos é que por vezes o bebe nasce vivo e tem de ser morto cá fora — muitas vezes sufocado na placenta ou, então, deitado para o lixo – assim mesmo. 

Contudo, há casos em que o bebe não só nasceu vivo como sobreviveu. O que se segue é o testemunho de uma menina que sobreviveu ao aborto. Este depoimento foi feito perante a Constitution Subcommittee of the House Judiciary Committee, em 22 de Abril de 1996. 

“O meu nome é Gianna Jessen e tenho 19 anos. Nasci na Califórnia mas atualmente vivo no Tennessee. 

Fui adotada e tenho paralisia cerebral. A minha mãe verdadeira tinha 17 anos e estava grávida de sete meses e meio quando decidiu fazer um aborto por solução salina (1). Eu sou a pessoa que ela abortou. Mas em vez de morrer sobrevivi. 

Felizmente para mim, o abortador não estava na clínica quando eu nasci com vida, pelas 6 horas da madrugada de 6 de Abril de 1977. Eu fui precoce: a minha morte não estava prevista para antes das 9 horas, altura em que o abortador deveria começar a trabalhar. Tenho a certeza que não estaria aqui hoje no caso de o abortador estar na clínica, uma vez que o seu trabalho é matar: não é salvar. Algumas pessoas disseram que eu sou um aborto de carniceiro, um aborto falhado. 

Houve muitas pessoas que presenciaram o meu nascimento: a minha mãe e outras moças novas que estavam na clínica à espera que os seus bebes morressem. Disseram-me que isto foi um momento de histeria. Próximo estava uma enfermeira que aparentemente chamou a emergência médica e eles transferiram-me para um hospital. 

Ali fiquei, mais ou menos, três meses. No princípio não havia muita esperança, pois eu pesava somente 900g. Hoje, já sobreviveram bebes mais pequenos do que eu. 

Uma vez um médico disse-me que eu tinha um grande desejo de viver e que eu lutava pela minha vida. Acabei por sobreviver e sair do hospital sendo entregue a uma ama. A minha paralisia cerebral foi atribuída ao aborto. 

Disseram à minha ama que era muito duvidoso que eu chegasse a gatinhar ou andar. Na altura eu não me conseguia sentar sem ajuda. Graças às orações e à dedicação da minha ama e, mais tarde, de muitas outras pessoas, acabei por aprender a sentar-me sozinha, a gatinhar e a ficar de pé. Comecei a andar com muletas pouco antes dos 4 anos. Fui legalmente adotada pela filha da minha ama, Diana De Paul, alguns meses depois de começar a andar. O “Department of Social Services” não me permitia ser adotada antes disso. 

Continuei a fisioterapia por causa da minha deficiência e, depois de quatro intervenções cirúrgicas, posso agora andar sem ajuda. Nem sempre é fácil. Algumas vezes caio, embora depois de cair durante 19 anos tenha aprendido a cair graciosamente. 

Estou contente por estar viva. Quase morri. Todos os dias agradeço a vida a Deus. Eu não me considero um subproduto da concepção, uma massa de tecidos, ou um qualquer dos títulos que se dão às crianças que ainda não nasceram. Eu não considero que as pessoas concebidas sejam alguma dessas coisas. 

Conheci outras pessoas que sobreviveram a um aborto. Todas estão reconhecidas à vida. Há alguns meses atrás, conheci outra menina que sobreviveu a um aborto por solução salina. Chama-se Sara. Tem dois anos e tem também paralisia cerebral, mas o seu diagnóstico é reservado. Ela é cega e tem muitas cicatrizes. O abortador, além de injetar a solução no útero da mãe injeta também no bebe. Em Sara foi injetada na cabeça. Eu pude ver em que parte da cabeça isto lhe foi feito. Quando falo, faço-o não somente por mim, mas por todos os outros sobreviventes, como a Sara, e por aqueles que ainda não podem falar… 

Hoje, um bebe só é bebe quando vem na altura certa. Quando a altura não é certa, é um monte de tecidos ou outra coisa qualquer. Um bebe é um bebe quando um aborto espontâneo ocorre aos 2, 3 ou 4 meses. Um bebe é tecido ou massa de células quando o aborto é provocado aos 2, 3 ou 4 meses. Porque é isto assim? Eu não vejo diferença nenhuma. Que diferença vêem os senhores? Muitos fecham os olhos… 

Para defender a vida a melhor coisa que eu lhes posso mostrar é a minha vida. É um grande dom. Matar não é a solução para nenhum problema ou situação. Mostrem-me que matar é solução. 

Há uma citação no topo de um dos edifícios do Capitólio que diz: “Aquilo que é moralmente errado não pode ser politicamente correto”. O aborto é moralmente errado. O nosso país está a verter o sangue de inocentes. A América está a matar o seu futuro. 

Toda a vida tem valor. Toda a vida é um dom do nosso Criador. Temos de receber e cuidar os dons que nos foram dados. Temos de honrar o direito à vida.”  

 

 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino