O Dr. José Carlos de Azevedo, doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA),e ex reitor da UnB (Universidade de Brasília), escreveu na “Folha de São Paulo” (01.julho.2008), um artigo com o título acima, onde mostra os erros graves na previsão do aquecimento da terra, inclusive por parte da ONU, com possíveis segundas intenções de aprovar o aborto e o controle drástico da natalidade, mantendo a população do planeta apenas para os 2 bilhões mais ricos. Transcrevo adiante as importantes palavras do cientista.
E resumo, o Dr. José Azevedo afirma que “há quase 20 anos, o IPCC, órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz “previsões” sem amparo científico”.
O ex-reitor a UnB começa citando o Dr. N. Wiener, que graduou-se em matemática aos 14 anos e doutorou-se em lógica aos 18 na Universidade Harvard, nos EUA, e que é conhecido como pai da cibernética, e que afirmou que: as “tentativas de modelar o clima espremendo equações da física em computadores, como se a meteorologia fosse uma ciência exata como a astronomia, estão condenadas ao fracasso”, que a “auto-ampliação de pequenos detalhes frustraria qualquer tentativa de prever o clima” e que “os líderes dessa atividade estavam iludindo o público ao pretender que a atmosfera é previsível”.
O físico afirma que o Dr. J. von Neumann, matemático que contribuiu para a mecânica quântica, as teorias dos jogos e dos computadores, o projeto da bomba de hidrogênio e a previsão do tempo, tem opinião semelhante. Na verdade há um grande número de pesquisadores que discorda dos que prevêem um super aquecimento da terra.
Segundo o dr. José Carlos, “há quase 20 anos, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês), órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz “previsões” sem amparo científico. Dois grupos distintos cuidam do clima: o dos cientistas, que conhecem a complexidade do problema e procuram decifrá-la, e os “modeladores”, que usam teorias do século 19 e “prevêem” o clima até o final dos séculos.”
“Este segundo grupo usa computadores colossais, faz projeções e estimativas, fala de indícios e vestígios, já consumiu US$ 50 bilhões e nada contribuiu para elucidar o problema. Quer frear o desenvolvimento mundial e levar países à miséria ao propor a redução drástica do uso de combustíveis fósseis porque, diz ele sem provas, o dióxido de carbono (CO2) gerado pelo homem é o responsável pelo aquecimento. Reduzindo a emissão, acrescenta, o aquecimento no fim deste século será de uns dois graus e a natureza estará salva”.
Segundo ainda o físico, o “Voluntary Human Extinction Movement” e a “Gaia Liberation Front”, querem extinguir a humanidade para salvar a natureza, e que “não há prova que o CO2 é responsável pelo “efeito estufa”, mas é certo que o Sol e a água (nuvens, vapor d’água, cristais de gelo) condicionam a temperatura e o clima na Terra. O IPCC e seus 2.500 “cientistas”, porém, culpam o CO2.Ocorre que o IPCC não estuda nada: faz resenha de trabalhos publicados, adultera-os quando lhe convém e alardeou a importância de dois deles, o de Michael Mann e o relativo às camadas de gelo extraído na Antártida, em Vostok. O trabalho de Mann analisou a temperatura na Terra entre os anos 1000 e 1980 e disse que as emissões de CO2 a partir do início da era industrial causaram o maior aumento de temperatura daquele milênio. Pois esse trabalho é uma manipulação de dados e nem falam mais dele. Quanto às camadas de gelo, é certo que o aumento da temperatura antecede o da emissão do CO2, e não o oposto”.
O motor propulsor do IPCC é o filme do Al Gore, cuja exibição foi proibida na Inglaterra por decisão judicial, exceto se mencionar as inverdades que contém: aumento do nível dos mares, morte de corais e ursos polares, Tuvalu, Vostok, malária etc.
Restou ao IPCC citar os 2.500 “cientistas” e o seu “consenso” sobre CO2 “antropogênico”. Consenso não é referencial científico e, se for questão de números, há muitas listas de consensos de cientistas qualificados, identificados e contrários ao IPCC: a de Frederick Seitz, antigo presidente da Academia Nacional de Ciências e do Instituto Americano de Física dos EUA e atual presidente da Universidade Rockefeller e do Instituto George Marshall, por exemplo, tem mais de 32 mil assinaturas. O último relatório do IPCC tem 51.
“A compreensão da natureza do clima começou em 1610 com Galileu, descobridor das manchas do Sol. Em 1752, Franklin mostrou que as nuvens têm cargas elétricas. Em 1998, o Instituto de Pesquisas Espaciais da Dinamarca provou a influência da radiação cósmica no clima. Em 2006, o Cern, o maior centro de pesquisas nucleares, cujo acelerador de partículas tem 27 km, criou um consórcio com dezenas de universidades e cientistas para ampliar as descobertas na Dinamarca que provam que o campo magnético do Sol controla a radiação cósmica incidente e, portanto, o clima; e que a passagem do Sol pela Via Láctea explica as glaciações e interglaciações. Os “modeladores” iludem a população e não dizem que o pólo Norte de Marte está derretendo”.
“Os investimentos em computadores profetas devem ser destinados às pesquisas em biologia. As plantas retiram da atmosfera, por ano, bilhões de toneladas de carbono, e um bom laboratório – a Embrapa, por exemplo -, com um mínimo daqueles US$ 50 bilhões, pode desenvolver plantas que absorvem mais carbono. Elas farão o ar mais limpo e produzirão mais alimentos”.
Transcrevi acima os principais trechos do artigo do Dr. José Carlos porque é mais um cientista que nos alerta sobre a mensagem catastrofista que até a ONU pretende vender ao mundo, na verdade com segundas intenções. A Igreja Católica valoriza e ensina a saudável ecologia, isto é, evitar a poluição do ar, da terra e das águas, e diminuir o consumismo egoista e devorador, mas é contra o “ecologismo” doentio pregado por muitas ONGs, que valoriza mais a natureza que o próprio homem, e que muitas vezes é usado para defender a ideologia do controle da natalidade e do aborto.
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br