COMEÇOU MUITO MAL

 

O Presidente americano Obama, já no terceiro dia de governo, liberou financiamento a organizações pró-aborto.  Ele reverteu uma ordem executiva de Bush que proibia o envio de fundos por agências federais a grupos internacionais de planejamento familiar com atuação ligada ao aborto. (Folha SP, 24/01/2009)

A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) era proibida de fornecer financiamento não só a clínicas no exterior que interrompam a gravidez, mas também às que aconselham e encaminham pacientes a tais serviços. Também não podia haver lobby, campanhas ou qualquer discussão favorável ao direito ao aborto.

 

 A proibição foi  estabelecida inicialmente em 1984 pelo presidente Ronald Reagan (1981-1989) e anulada pelo democrata Bill Clinton (1993-2001). Bush a restaurou pouco após sua posse.
Apenas a ONG “Federação Internacional de Planejamento Familiar” deixou de receber cerca de  US$ 100 milhões em fundos dos EUA nos últimos oito anos para fomentar a prática do aborto.

 

Obama também afirmou que está “ansioso para trabalhar com o Congresso para restaurar o apoio financeiro dos EUA ao Fundo das Populações da ONU (UNFPA)”, dedicado ao planejamento familiar e a cuidados com a saúde reprodutiva (leia-se, fomento ao aborto). Bush interrompeu essas doações ao fundo em 2002.

A Vice-Presidente do “Instituto Família Católica e Direitos Humanos”, Susan Yoshihara, disse à “Folha de SP” que “Não estamos surpresos, mas muito desapontados”. “Obama vai continuar pressionando por mais medidas pró-aborto, mas de certa forma isso apenas fortalece a luta dos que realmente se preocupam com as mulheres.”

Milhares de manifestantes anti-aborto ocuparam o “National Mall” em Washington dia 22 de janeiro para protestar contra a “Roe versus Wade”, decisão da Suprema Corte que defendeu o direito ao aborto, que completou 36 anos. Enquanto o protesto seguia até a Suprema Corte, Obama emitiu uma nota reiterando que “continua comprometido com a proteção do direito da mulher de escolher”.
Já os grupos favoráveis ao direito ao aborto comemoraram ontem, mas ainda querem mais.

Entretanto, acende-se ainda mais a luta nos EUA contra o aborto; cresce o número de americanos que o rejeitam como mostram as últimas pesquisas.

Lamentavelmente o novo governo americano se inicia com um “medida de morte”, como se a morte possa ser solução para os problemas da vida. Isto nos faz lembrar o que disse o Papa Bento XVI há poucos dias: “uma civilização sem Deus é uma ameaça ao homem”. Fatos como esse mostram que a crise mundial que assola a humanidade é muito mais de fundo moral que econômico ou financeiro; é falta de Deus, é falta de amor à vida.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

 

 

 

 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino