Os acelerados avanços tecnológicos nos deixam cada vez mais “tagarelas”. Nos tornamos donos da verdade em áreas específicas do cotidiano. Tudo graças as informações, nem sempre bem apuradas, que nos chegam através da TV, rádio, e-mail, Orkut, Twitter, blogs.
Vivemos um “apetite” incontrolável por informações. Queremos ser atualizados até mesmo no uso das novas ferramentas de comunicação que surgem de forma tão rápida e que em pouco tempo são deixadas de lado por causa das novidades. O novo que chega para apontar as limitações do que antes era tão importante no processo de comunicação.
Primeiro era o sinal de fumaça, depois o pombo-correio, então veio o mensageiro, que se tornou carteiro. Este era o “link” que só saia do ar quando era atacado pelos cachorros ou pegava muito sol na moleira e caia de cama. Hoje as pessoas esperam um sonoro sinal na tela do computador, informando que tem um novo jabber ou e-mail. Ontem o que se esperava era o tradicional grito de “CORREIO”. Era a expectativa de que as notícias dos parentes e amigos distantes estavam chegando.
Imaginação treinada num tempo em que a caligrafia era exercitada e se tornava caprichada. Tempo em que caneta e papel eram ferramentas capazes de rasgar o coração de uma mãe distante da filha e que expressava sem medo a saudade.
Me recordo da grande lição que tive com Mons. Jonas Abib, no livro A Bíblia Foi Escrita Para Você. “Todo exercício requer seriedade, esforço, compromisso”.
Que possamos buscar sim a evolução, mas sem perder as oportunidades de estarmos cada vez mais em Deus. Na Eucaristia, na Escritura, na Adoração, no Terço e na Reconciliação. Assim teremos mais facilidades em dominar as máquinas e exalar e “enviar” sentimentos que elas são incapazes de expressarem sozinhas.
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
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