CATEQUISTA DE ÍNDIOS

Anchieta sentiu o desejo de servir a Cristo com sua vida! Entrou ainda adolescente na ordem dos religiosos jesuítas e logo em seguida ficou doente e de um grave mal, que lhe deformou as costas. Ele até ficou preocupado com a possibilidade de não poder seguir adiante. Foi na mesma época que surgiu a oportunidade de ser mandado para o Brasil. Uma terra ainda desconhecida, misteriosa e cheia de desafios e perigos. O que estava fazendo por Cristo e o que poderia ainda fazer? Talvez ao menos servir de simples castequista entre os índios e morrer pela fé, como era seu desejo. O fato é que, junto com outros companheiros de caminho religioso também doentes, foi enviado ao Brasil em 1553.  Ainda antes de ser padre, o jovem Anchieta foi com o Pe Manuel da Nóbrega até os índios tamoios, onde hoje é Ubatuba-SP. A finalidade era a de oferecerem como reféns dos índios, arriscando mesmo serem mortos e devorados, tudo para conseguirem a paz entre portugueses e índios.  Enquanto ficou preso entre os tamoios, Anchieta foi muitas vezes “presenteado” pelos índios com mulheres de sua tribo. Em todas as vezes ele recusou com firmeza, explicando aos índios sua renúncia e convicção por causa do Reino dos Céus. José de Anchieta tinha então 29 anos. Vemos que não só corria risco de vida mas também riscos para a sua alma, tendo de dominar os impulsos que a muitos fariam pecar, até por estar sozinho e desamparado em meio a uma terra e a uma gente inimiga.  Extraí esse trecho do Devocionário do Beato José de Anchieta. Continuaremos nos próximos posts a nos aprofundarmos na história do primeiro catequista do Brasil.

Deus abençoe!!

Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova

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Jornalista, missionário da Comunidade Canção Nova, escritor, casado com Valeria Martins Andrade e pai de Davi Andrade, natural de Campos dos Goytacazes-RJ.