Lembro do tempo de criança, quando meus pais me levavam para a festa do Santíssimo Salvador, padroeiro de minha cidade natal. A praça principal de Campos dos Goitacazes-RJ, ficava repleta de barracas e sempre vinha um ambulante com aquele “cacho” de balões. Sempre voltava para casa com um e minha irmã com outro. No quarto arriscávamos a soltar o barbante e os balões subiam para o telhado. No final acabávamos soltando o balão no quintal da casa e aí “babau balão”. Ele ganhava o céu para nunca mais vermos. Resolvi escrever esse tema, depois que ouvi alguém dizer que amigos são como balões. Se não tomarmos conta ele voa e nunca mais o encontramos. A responsabilidade de segurar o barbante que te prende aos seus amigos, é sua. Poxa, lembro quantos barbantes deixei escapar da mão e perdi muitos balões por falta de atenção, de uma simples ligação telefonica ou até mesmo de uma visita. Que daqui pra frente eu lembre de uma técnica prática que minha mãe ensinava para não perder os balões da festa do Santíssimo Salvador. Amarrar o barbante no pulso e brincar com tranquilidade. Afinal, mesmo que deixemos escapar um balão ou outro, eles sempre vão estar amarrados no pulso de nossa história. Ofereço aos meus amigos de ontem, de hoje e de sempre, que me ajudam a ser o que sou.
Deus abençoe!
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
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