A Canção Nova sedia nesse fim de semana o Acampamento para músicos. Um tempo propício para falar de música, de músico, de instrumentos, de histórias de músicos. E por falar em história de músicos, lembrei da história dos músicos que animavam os passageiros do Titanic. No meio deles havia um “chará” meu. E esse cara entrou para a história com o tamanho da sua musicalidade direcionada ao bem.
Primeiro um pouco da história do Titanic. Ele foi um navio transatlântico, construído nos estaleiros de uma empresa especializada, na cidade de Belfast, na Irlanda do Norte. Sua viagem inaugural foi em 1912. Na noite de 14 de abril , entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril. Na época, era o maior navio de passageiros do mundo.
A bordo do Titanic, estavam 2.240 pessoas e o naufrágio provocou a morte de 1.517 pessoas. Até hoje a tragédia é apontada como a maior catástrofe marítima de todos os tempos. O “possante” Titanic tinha as mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como “inafundável”. Mas quero me atentar aos músicos daquele navio. Conta a história que naquela noite havia uma banda, liderada pelo violonista WALLACE HARTLEY, que animava aquela fatídica noite. Quando o navio começou a afundar, o pânico tomou conta de passageiros e tripulação. Pensaram em todo o tipo de status, pensaram em toda tecnologia, mas não pensaram e conferir o número de botes suficientes, não pensaram na preciosidade que é a vida de cada pessoa naquele navio.
Quando damos espaço para a vaidade, damos espaço para o egoísmo. Pensamos apenas nos elogios e atropelamos qualquer possibilidade de algo não dar certo. Foi então que meu “xará” pediu a banda que continuasse a música. Percebeu que não adiantava competir com tantos desesperados que queriam salvar suas vidas em tão poucos botes. WALLACE HARTLEY empunhou seu instrumento e conduziu a mais bem executada e última canção. Tudo para tentar amenizar a dor dos outros e a vencer o medo da morte. Foi com esse violino da foto, que o músico escreveu sua história. Combateu o bom combate. Os acordes só silenciaram quando o violino mergulhou junto com o músico e toda a banda, nas águas geladas daquele mar de desespero. Monsenhor Jonas Abib, em uma de suas palestras, disse que a Canção Nova será a banda do fim dos tempos. Seremos nós que cantaremos a nova canção, para dar coragem, retirar o desespero e vencer a morte. Encontre seu violino, sua guitarra, seu violão ou bateria e comece a tocar. Tocar sem parar, porque o fim dos tempos se aproxima. Aproveite esse encontro para retomar sua musicalidade e boa missão!
Deus abençoe!
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
wallace.andrade@cancaonova.com