A moral e os costumes numa família sempre nortearam os caminhos e as conquistas honestas e calçadas com as sandálias da religiosidade. Talvez por ser uma regra de vida que sempre deu muito certo, o mundo resolveu pregar várias contradições morais. A dureza do trabalho, que sempre fez parte da vida de um chefe de família e de uma dona de casa, agora é visto por muitos como “escravidão”. As contradições morais pregam um novo modelo e que muitas vezes passa bem longe do que os mais antigos aprenderam com Maria e José.
O veneno nocivo, aplicado com “conta-gotas” nas famílias, intoxica cada vez mais as artérias dos lares da igreja e religião. A mensagem de Nossa Senhora e São José, desde o enamorar-se um pelo outro ao aceitar a missão de gerar e educar o filho de Deus de forma tão zelosa é combatida pelo “sistema do mundo”. As contradições morais pregam o casamento com prazo de validade. E a data vencida é a criatura quem decide, mediante a primeira dificuldade que a vida a dois impõe. E nessa nova era unitiva o importante é ser feliz! E se preciso for que seja com alguém do mesmo sexo ou até mesmo com mais de uma pessoa no mesmo leito. Assustador, mas é real!
Se Nossa Senhora fosse uma menina mimada, não suportaria vagar no lombo de um jumentinho, horas antes de dar a luz. Se São José fosse um egoísta e preguiçoso, preocupado apenas com seu trabalho e sua imagem pessoal, não aceitaria a missão de ser pai adotivo de Jesus, não puxaria o jumentinho e nem se humilharia tantas vezes em busca de uma vaga nas várias hospedarias que procurou, antes de Maria dar a luz em uma manjedoura. Não era uma maternidade sofisticada, com aparelhos ultramodernos e uma equipe médica valiosa. Era apenas um cocho improvisado com palhas e um pano por cima e os olhares atentos dos animais que ali moravam.
Na contradição moral adotada por muitas famílias nos dias de hoje, a gravidez é indesejada e as jovens preferem preservar o corpo perfeito sem correr o risco das deformidades que uma gestação bem conduzida pode provocar. Param apenas no físico, hoje tão valorizado em tudo e por todos. O padrão e a ditadura da beleza têm mais valor do que uma nova vida que pode vir. E por aceitarem a via de “sucesso” e vaidade, muitas nem saberão como é pleno e profundo o ato de gerar um novo ser. O egoísmo impera de tal forma que não cabe mais ninguém em seu “mundinho”.
A Congregação para a Doutrina da Fé sobre matrimônio e dom da vida humana lembra que “a conexão indivisível, que Deus quis e o homem não pode romper, revela dois significados do ato conjugal: o unetivo e o procriador.” Por natureza de inspiração divina homem e mulher se tornam uma só carne. Mas quando as contradições morais invadam pensamentos e sentimentos, de quem caminha longe da fé, a mais bela e mais perfeita criação de Deus se torna indesejada e os corações intoxicados por esse mal, simplesmente apagam da história o verdadeiro sentido da vida.
Nossa Senhora, em uma das aparições em Fátima, convida todas as famílias do mundo a cultivar no coração de seus filhos o amor a Deus. Afirmando que esta é a maior dádiva que se pode oferecer. A mãe de Jesus também disse que agindo assim, as gerações futuras serão protegidas de todo o tipo de contradições morais que se levantam contra esta sagrada instituição, chamada família de Deus. Enquanto existir pessoas que acreditam na força de uma família, o mal não prevalecerá. E por fim o Imaculado Coração de Maria triunfará.
Deus abençoe!
Wallace Manhães de Andrade
Comunidade Canção Nova