Como são palavras parecidas, não é verdade? Mas têm sentidos bem diferentes:
=> Sentir: Perceber por meio dos sentidos
=> Consentir: Dar consenso ou aprovação a; permitir; admitir; tolerar; Dar ocasião a; tornar possível
Quando você sente algo, especificamente com relação aos relacionamentos, vontades, anseios e outras questões relacionadas a atitude, existe um intervalo entre esse SENTIR e o CONSENTIR.
O Catecismo da Igreja Católica nos fala sobre a Temperança, uma das 4 virtudes cardeais, dizendo-nos o seguinte no parágrafo 1809:
A temperança é a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade. A pessoa temperante orienta para o bem seus apetites sensíveis, guarda uma santa discrição e “não se deixa levar a seguir as paixões do coração”. A temperança é muitas vezes louvada no Antigo Testamento: “Não te deixes levar por tuas paixões e refreia os teus desejos” (Eclo 18,30). No Novo Testamento, é chamada de “moderação” ou “sobriedade”. Devemos “viver com moderação, justiça e piedade neste mundo” (Tt 2,12).
Somos abertos aos sentimentos, mas eles não podem nos dominar. Essa é graça que a temperança, fruto do Espírito Santo(Gl 5,23), ajuda-nos em saber diferenciar o SENTIR do CONSENTIR. Não é à toa que padre Jonas Abib diz, diariamente, ao acordar: “Espírito Santo, o que vamos fazer hoje”. Esse abrir-se à ação do Espírito dia-a-dia é um dobrar-se ao Senhor, reconhecendo-se limitado e sabendo que só no Espírito as respostas serão diferentes e santas.
Então, irmãos, precisamos buscar no Espírito essa segurança para não darmos consentimento a atitudes oriundas de sentimentos que não foram bons, mas, que precisava somente “viver com moderação, justiça e piedade” o sentimento, como nos diz São Paulo.
Digamos juntos, no nosso dia-a-dia, como Padre Jonas Abib: “Espírito Santo, o que vamos fazer hoje”.
Junior Alves