Este é o último post a respeito da Carta Apostólica Dies Domini, sobre a santificação do Domingo. Fica o convite e o link para que você a leia na íntegra!
João Paulo II exemplifica o zelo dos primeiros cristãos que percebendo que não podiam viver sem a ceia do Senhor preferiam a morte a faltar à celebração da missa dominical. Considerando a importância que o domingo tem para a vida cristã e diante da tibieza e negligência de alguns, a Igreja julgou necessário prescrever o dever de participar da Missa dominical e dos dias festivos. Quando se reconhece a importância que o domingo tem para a vida cristã fica fácil compreender o motivo desta “obrigação”.
Aos ministros ordenados é recomendado que façam o máximo de esforço para que todos os presentes se sintam interessados nas diversas formas de participação da liturgia. Uma vez que a Eucaristia é o coração do domingo, cada fiel deve organizar-se para a participação da Missa neste dia. O domingo será santificado, todavia, na medida em que cada um marque seu dia com a lembrança agradecida e efetiva das obras de Deus.
Nos lugares em que a escassez do clero já não permite assegurar a presença do sacerdote em cada uma das comunidades paroquiais, recomenda-se a convocação de assembleias dominicais na ausência do sacerdote. Entretanto, o objetivo deve continuar a ser a celebração do sacrifício da Missa, que é a única verdadeira atualização da Páscoa do Senhor.
Quanto às transmissões radiofônicas e televisivas, o documento diz que é uma ajuda preciosa àqueles fiéis que por alguma razão grave estão impedidos de participar na Missa dominical. Mas, obviamente não substitui a participação da mesa eucarística.
O dia do Senhor é também dia do homem. Neste aspecto, o documento ressalta que o domingo é o dia da alegria, por isso evita-se o jejum, entoa-se o aleluia, fazendo eco ao ressuscitado, proclama-se o Credo pondo em relevo o caráter batismal e pascal do domingo. Não há oposição entre a alegria cristã e a verdadeira alegria humana.
Como dia do homem, é dia de descanso que proclama o primado da dignidade da pessoa sobre as exigências da vida social e econômica. E, uma vez que é dia de alegria, é preciso que o cristão mostre com as suas atitudes concretas que não se pode ser feliz sozinho. Desse modo, o domingo também é dia do cristão exercitar atos de misericórdia e solidariedade para com os necessitados. Dia que deve tornar-se escola de caridade, dia de amar o próximo e mostrar ao mundo que os cristãos são luz.
O documento caminha para o seu término mostrando que o dia do Senhor prefigura o dia final. Cristo é o Senhor do tempo, é o alfa e ômega. De fato, tudo o que suceder até o fim do mundo será apenas uma expansão e explicitação do que aconteceu no dia em que o corpo martirizado do Crucificado ressuscitou pela força do Espírito.
João Paulo II tece um comentário sobre o ano litúrgico que tem seu ponto máximo com a celebração da Páscoa, a solenidade das solenidades. Depois, Pentecostes e em seguida o Natal do Senhor. E exprime que a recordação dos santos não obscurece a centralidade de Cristo, mas exalta-a mostrando a força da sua ressurreição.
E o pontífice conclui retomando alguns pontos básicos da presente carta apostólica, e ressalta que o domingo é convite a olhar pra frente, dia em que a comunidade cristã eleva para Cristo o seu grito: “Maranatha: Vinde, Senhor!” sustentada e animada pelo Espírito Santo.
A presente obra de João Paulo II denota um coração repleto de ardor e zelo pela causa do Senhor. Ao concluir a leitura poderíamos dizer como aqueles discípulos de Emaús: “não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as escrituras?”
Peço a Deus que essas reflexões ajude-nos a tomarmos consciência do tamanho mistério que somos chamados a celebrar a cada Domingo, Dies Domini.
Grande abraço,
Maranathá!!
Edmilson Dias
Seminarista – Canção Nova
JOÃO PAULO II. Carta apostólica “Dies Domini” do Sumo Pontífice João Paulo II sobre a santificação do domingo.