Desde criança, São João Bosco – o santo italiano fundador da Família Salesiana, que viveu entre 1815 e 1888 -, aprendeu com sua mãe, Margarida, a confiar-se aos cuidados da Virgem Maria, sob o título especial com o qual o santo da juventude gostava de invocá-la: Maria Auxiliadora dos Cristãos.
Dom Bosco garantia: “Se fordes seus devotos, além da abundância das suas bênçãos neste mundo, ela vos garante o paraíso na outra vida! Tende, pois, a mais íntima convicção de que obtereis todas as graças desta boa mãe, contanto que não lhe peçais coisas que resultem em vosso dano”.
A devoção a nossa Senhora Auxiliadora está ligada à vitória da batalha de Lepanto, ocorrida em 1571, quando após violento confronto em pleno mar, os combatentes católicos obtiveram a vitória recorrendo veementemente à intercessão de Nossa Senhora. Em agradecimento a esta miraculosa vitória, o Papa Pio V incluiu na Ladainha dedicada à Mãe do Redentor o título: de “Auxiliadora dos Cristãos”.
Outro fato importante ocorreu em 1814, quando o Papa Pio VII, sequestrado por Napoleão Bonaparte, após cinco anos de cativeiro na França, promete coroar solenemente uma imagem de Nossa Senhora, assim que fosse liberto. Com a graça alcançada, Pio VII institui, em 1816, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 24 de maio, em memória daquela data em que ele entrou solenemente em Roma, após o referido cativeiro.
Dom Bosco é contemporâneo das aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto, em 1862, que provocam uma renovação na piedade popular mariana em toda a Itália. Nesse mesmo ano, Dom Bosco iniciou em Turim, a construção de uma grande Basílica, dedicada a Nossa Senhora, Auxiliadora dos Cristãos.
Assim, com muita frequência, Dom Bosco recomendava que seus jovens recorressem a Nossa Senhora Auxiliadora. Ele ensinava que, bastava uma simples jaculatória: Maria, Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós! – para que grandes graças fossem alcançadas e o demônio vencido sendo obrigado a retirar-se.
A este respeito, afirmava o santo: “É uma oração não tão tanto longa, mas que se sabe ser muito eficaz. Portanto, quando quiserdes obter alguma graça espiritual, e por graça espiritual podem-se entender a libertação de tentações, de aflições do espírito, da falta de fervor, etc., se alguém dentre vós quiser ver-se livre de alguma tentação ou quiser adquirir alguma grande virtude, não precisa fazer outra coisa senão invocar Maria”.
Hoje a Virgem Maria visita você através destas palavras para lhe recordar que não está sozinho, que pode contar com o auxílio dela nas batalhas que tem travado. Veja bem! Ela é a vencedora das batalhas de Deus e quer ajudar você a vencer. Você também não quer abrir-se aos cuidados dela?
Presença de mãe faz toda a diferença. Ela conhece o filho, dá aconchego, põe de pé e lembra quem ele é. Mãe que é mãe corrige, educa, orienta!
Embora ela caminhe como mãe Auxiliadora ao seu lado, sabe ser bem discreta e também respeita a sua liberdade de modo que, quanto mais nos rendemos aos seus cuidados maternos, mais tocamos nos efeitos da sua presença em nossa vida.
Creia! Ela está com você e quer ser sua Auxiliadora também. Mais do que um título, trata-se de um modo dela se colocar ao nosso lado. Se quisermos ser vitoriosos em nossas batalhas cotidianas, se quisermos crescer nas virtudes e viver na liberdade conquistada por Nosso Senhor por meio de Sua Páscoa, devemos nos colocar sob os cuidados dela.
Rezemos com confiança filial, como nos ensinou Dom Bosco: Maria, Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós!
Deus abençoe você!
Grande abraço,
Maranathá!!
Pe. Edmilson Dias
Comunidade Canção Nova