O tempo de Deus não é o nosso
Por
Andréa Taisa de Moura Carmago
Vinte anos era a idade que eu tinha quando experimentei esse amor avassalador. Jovem ainda, mas meu Deus… foi um negócio tão forte que mesmo me deixando totalmente livre, eu não tinha como resistir. Ele me encantou, me seduziu, me apresentou um amor que eu nunca tinha nem pensado existir. Terminei namoro – não dava pra competir com Ele – deixei família, trabalho, tudo. Não me restava outra resposta a não ser o SIM, eu sabia que ninguém me faria tão feliz como Ele. E realmente tem sido assim.
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Lindo, né? As pessoas gostam de histórias de amor, se entretêm ao ler e assistir livros e filmes românticos, mas melhor de tudo é poder viver uma intensa história de amor, corresponder – ainda que muitas vezes de forma falha e limitada – a esse amor tão grande, ter a coragem de viver esse lindo desafio que é a nossa vocação, um desafio que só é capaz de viver quem já se deixou encantar por Jesus.
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Talvez você esteja lendo esse artigo e pensando: mas eu já experimentei o amor de Deus, já disse a Ele: “eis-me aqui!” mas não consigo descobrir o que Deus quer de mim, qual é minha vocação.
Realmente não é tarefa fácil. É comum encontrar jovens inquietos por causa da descoberta da vocação. Eu também me inquietei muitas vezes. A verdade é que nos agitamos tanto em nossas buscas que não conseguimos ouvir a voz de Deus, ou então queremos manipular os planos de Deus segundo as nossas vontades. Existe ainda a possibilidade de termos clareza desse chamado, mas não termos a coragem de deixar tudo por Jesus.
Para atender a um chamado é preciso estar aberto, ter um coração dócil e ouvidos atentos a Deus que se revela de inúmeras formas, Ele fala nos acontecimentos, fala através das pessoas, da Sua Palavra, e principalmente em nosso coração. Eu lembro que sentia meu coração arder toda vez que eu ouvia falar de Canção Nova, dava também aquele gelinho no estômago, igualzinho quando estamos apaixonados e encontramos a pessoa amada. Deus usa de iscas para nos chamar para essa ou aquela vocação e vai nos dando pistas. Se você ainda não descobriu, reze, busque intimidade com Deus, peça ao Espírito Santo o dom do discernimento, silencie para escutar e tenha paciência, às vezes não estamos prontos, não estamos maduros para viver o chamado.
É preciso lembrar: “existe um tempo pra cada coisa” (Ecle 3)
e o tempo de Deus não é o nosso.
Mas uma coisa eu posso te dizer: seu dia vai chegar. Vai chegar a hora de fazer a mala, deixar pai e mãe, chorar muito, mas ainda assim seguir feliz rumo a realização de uma linda história de amor, porque isso é vocação: uma resposta amorosa àquele que nos amou primeiro.
Força! Coragem! Vale a pena!
Andréa Taisa ( Déia ) é missionária da Comunidade Canção Nova
Apresentadora do programa Bem da Hora, e colunista da Revista Canção Nova.