Tenho pedido muito a Deus a graça de ter Nele uma confiança absoluta
Carla Picolotto
Por ocasião do Natal, indo visitar minha mãe, tive a oportunidade de viajar de avião mais uma vez. Oportunidade essa que me fez refletir sobre a confiança.
Tenho pedido muito a Deus a graça de ter Nele uma confiança absoluta para uma entrega total.
E de repente, dentro do avião, me vejo como quem estivesse do lado de fora e contemplando a cena. Percebi que de baixo dos meus pés não havia se não uma chapa de metal.
Dei-me conta de que eu nunca vi o piloto, mas acredito piamente de que ele esteja ali e de que esteja fazendo com esmero e cuidado o seu trabalho. Percebi que havia tomado como prova de sua existência a voz que vez ou outra dizia: “Senhoras e Senhores, eu sou o comandante Fernandez, agora são 17h45, a temperatura ambiente está em 21º, e no seu destino o céu está claro e a previsão é de uma viagem tranquila, com algumas turbulências. Mantenham os cintos afivelados até a que a luz indicadora se apague e sigam sempre as orientações dos comissários”.
Daí, pensei que se qualquer um daqueles sistemas, que faz avião voar, falhassem, não haveria nada que nos manteria no ar e que portanto andar de avião é um excelente exercício de confiança.
Era uma atitude quase natural de confiança!
Eu confiava que os sistemas do avião estavam e seguiriam funcionando. Confiava que o piloto estava ali e confiava que ele sabia bem o que fazia. Confiava que apesar de não ver a “estrada”, estava no caminho certo e que chegaria sem demora no meu destino.
Eram inúmeros exercícios, atitudes de confiança que eu estava vivendo.
A partir dessa reflexão, entendi que o meu relacionamento com Deus, meu relacionamento de confiança com Deus precisa ser exatamente assim.
Tendo embarcado no avião da vida e certa de que mais cedo ou mais tarde chegarei ao destino final, sou conduzida por um piloto em quem eu posso confiar, mesmo que eu não o veja. Eu creio, que Ele esta ali fazendo o seu trabalho, ora ou outra Ele fala algo pra dizer: “Eu Sou o Comandante, lembre-se eu estou aqui”.
Mesmo sem conhecer ou mesmo sem enxergar a estrada, o caminho, eu estou indo no rumo certo. A velocidade é rápida mesmo quando parece que não estamos saindo do lugar.
A satisfação e alegria de saber que chegarei ilumina e afasta o medo, a pressa e as incertezas. Então eu sento e aproveito o vôo. De fato, confio no piloto!
Que alegria, saber que estou segura! Que bom que não estou sozinha e que o avião está cheio
Que bom saber que tem um piloto e dos bons pilotando o avião da minha vida. Que bom que ele conhece bem a rota e que de vez em quando dá “a voz da graça”.
Que bom é poder confiar em Deus.
Carla Picolotto é missionária da Comunidade Canção Nova