Mais uma grave blasfêmia contra os sagrados valores da nossa fé católica acontece nos palcos do Teatro. É a peça “Decameron – o sagrado profano” -, uma adaptação da obra de Giovanni Boccaccio, conhecido ator erótico do século XIV. A peça é realizada pelo grupo teatral “BlasFêmeas”, a ser apresentada em outubro.
Escondendo-se atrás da “arte”, os atores representam quatro das novelas da obra: “A sacanagem”, “O convento”, “A beatificação” e “O purgatório”, todas com cenas pornográficas envolvendo religiosos. A direção é de Wladimir Pereira.
A apresentação está prevista para acontecer no Centro Cultural da cidade de Taubaté (SP).
Não há como não ver uma tentativa de desenterrar uma obra erótica do passado para jogar lama na Igreja e nos religiosos. Pode ter havido erros dos filhos da Igreja – eles são também pecadores -, mas daí a levar esses erros a público, em forma de comédia satírica, é tentar desmoralizar a fé católica e os religiosos. Por que não se faz isso com outras crenças? Por que não daria Ibope? Por que haveria ameaças de morte? Por que não daria fama?
É notório que profanar a Igreja chama a atenção, porque ela é a Instituição mais bem avaliada diante do povo, como mostram as pesquisas. Então, investem nesse tipo de atividade aqueles que querem “faturar” à custa dela, numa aliança sórdida com o desejo também de profaná-la.
A liberdade de expressão existe e é necessária, mas desde que não se ofenda as pessoas e sua fé; especialmente, os seus sagrados valores. Isso é um desserviço à cidadania e ao bom relacionamento; provoca ódio e reações fortes nas pessoas. Não se pode confundir liberdade com libertinagem. O meu direito de dar socos no ar vai até o limite de eu não ferir o nariz do meu irmão. Isso não seria mais liberdade, mas libertinagem.
Cabe aos católicos e às pessoas de boa conduta, boa vontade e ética, e que ainda prezam pelos bons costumes, manifestarem–se contra essas ofensas e blasfêmias maldosas, de modo não violento nem agressivo, mas firme e corajoso. Defender a fé e os bons costumes é um preceito da nossa Igreja.
Professor Felipe Aquino
É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”.