Nesse dia 2, segunda-feira da Semana Santa, comemoramos São Francisco de Paula, um exemplo luminoso de vida dedicada a Deus e aos pobres. O santo, nascido na cidade de Paula, na Calábria, em 1416, recebeu este nome pela devoção de seus pais a São Francisco de Assis.
São Francisco de Paula dedicou sua vida ao serviço dos mais pobres, um dos temas principais da mensagem do Papa Bento XVI na sua catequese para a Quaresma de 2012. O Santo Padre nos chama à “responsabilidade pelo irmão”, a estarmos atentos “aos sofrimentos físicos, às exigências espirituais e morais da vida”. Esse humilde frade franciscano, que depois tornou-se eremita, soube viver, com radicalidade, essas exigências que fazem parte da vida de todo cristão.
O Santo viveu heroicamente as virtudes teologais com fé, esperança e caridade, mencionadas pelo Papa em seu comentário à Carta aos Hebreus (Hb 10,22-24). São Francisco de Paula aproximou-se de Cristo “com um coração sincero, com a plena segurança da fé” (v. 22), conservou firmemente “a profissão da nossa esperança” (v. 23) e praticou, com seus irmãos eremitas, “o amor e as boas obras” (v. 24).
São Francisco foi um homem que esteve sempre atento ao próximo e dedicou toda sua vida ao “amor e às boas obras” (Hb 10, 24). O Santo Padre nos chama à atenção, em sua catequese, a partir desse versículo, para “três aspectos da vida cristã: atentar-se ao outro, ser recíproco e buscar a santidade pessoal”. Ao olharmos para a vida do santo, percebemos que ele viveu estes aspectos da vida cristã com simplicidade e alegria. Ele foi atento aos outros, especialmente aos mais pobres e necessitados. Apesar se ser eremita, viveu a reciprocidade com amor e dedicação. Tudo isso com um vida voltada para a busca da santidade, que a muitos inspirava ao amor e às boas obras. Seu testemunho é para nós, hoje, um exemplo luminoso daquilo que a força de Deus pode realizar em nós e a partir de nós.
São Francisco de Paula é para nós um exemplo extraordinário de que é possível ser fiel à Palavra de Deus, pois esta nos convida a uma adesão sincera a Jesus Cristo e à Sua Igreja. Sua solicitude com o sofrimento físico, moral e espiritual do povo de Deus nos estimula a viver, com fidelidade, a mensagem extraída da Palavra contida na reflexão do Papa Bento XVI para a Quaresma.
Que a vida e as obras desse santo nos ajudem a viver o jejum, a caridade e a oração com maior ardor. Que também essas obras de misericórdia nos auxiliem a viver, com maior profundidade, essa Semana Santa, cujo centro é a liturgia. Nesses dias, atualizemos o Mistério Pascal de Cristo, Sua paixão, Morte e Ressurreição, que é o centro de toda a vida da Igreja. Com Cristo, estamos mortos pelo Batismo para ressurgirmos a uma vida nova com Ele, prenúncio da vida eterna.