Olá, amigos!
Nesta “Semana Nacional da Família”, vivi uma experiência muito bonita que partilho com você nesse post.
Minha esposa, Rosení, fez aniversário na última quarta-feira, 15 de agosto. Um dia antes, na terça-feira, precisei ir a São Paulo para fazer um exame médico. A caminho do hospital, saindo da estação do metrô, encontrei uma linda igreja com as portas abertas. Aquela era para mim a imagem de um “oásis”, de paz no meio de toda agitação urbana.
Dentro dela, reinava um profundo silêncio. A serenidade que eu sentia, naquele lugar sagrado, contrastava-se com toda a minha inquietação. Aproximei-me de um dos bancos de madeira e ajoelhei-me. Estava exausto fisicamente e com a mente tomada por inúmeras preocupações.
Fiquei um bom tempo ali, calado, apenas “saboreando” aquele fecundo silêncio que apascentava meu agitado interior. Foi assim, desse jeito, minha oração a Deus.
De repente, vi uma linda imagem de São José numa das laterais da igreja. Contemplando aquela imagem do pai nutrício de Jesus, pedi ao meu querido José que me auxiliasse em meio às lutas do dia a dia.
Vendo aquela imagem de São José sustentando o Menino Jesus em seus braços, compreendi que meu papel como esposo e pai é de cuidar, com todo o amor, da minha família. Minha esposa e meus filhos precisam saber que o “homem da casa” é alguém atento às necessidades deles, alguém que se faz presente por meio de gestos concretos de amor. A exemplo de São José, também preciso sustentar, “nos braços”, a linda família que Deus me confiou!
Saí daquela igreja com o propósito de ser cada vez mais “José” para a “Maria” que Jesus colocou ao meu lado há 11 anos.
São José, em muitas gravuras e imagens, é comumente conhecido por trazer lírios na sua mão. Voltando para casa, após meu exame, passei pela floricultura e dei à minha esposa – como presente de aniversário – um arranjo com lírios (em vez de românticas rosas). Queria, de alguma forma, que, no dia do aniversário dela, a Rosení sentisse São José também se fazendo presente como um convidado de honra em sua festa.
No cartão que acompanhava o arranjo, escrevi: “Neste dia em que você celebra o dom da sua vida e a sua consagração a Nossa Senhora, peço que São José a visite e cuide de você como cuidou de Sua amada Virgem Maria. Te amo. Parabéns!” Foi o suficiente para minha esposa ir às lágrimas, toda emocionada. Como recompensa por aquele gesto de carinho, ganhei um beijo apaixonado e um sorriso especial da minha “Maria”, agora bem cuidada e amada pelo seu “José”.
Escrevi tudo isso apenas para dizer a você algo em que acredito: a força de um gesto sincero de amor pode libertar nossa família do terrível fardo do abandono.
Como é triste constatar tantos pais, filhos e casais abandonados! Pessoas que “vivem”, mas não “convivem” dentro do próprio lar. Filhos que crescem sem a presença segura de um pai, casais num constante pé de guerra, mães desrespeitadas e ignoradas pelos próprios filhos. Enfim, lares nos quais a indiferença, o egoísmo, a violência nas palavras e nos atos servem como instrumentos de autodestruição. No coração do Pai, nenhum filho Seu pode continuar sendo maltratado pelo abandono e pelo desamor.
Peço a Deus, nesta Semana Nacional da Família, que Ele atinja cada lar que sofre pela ausência de gestos concretos de amor. Pode ser que esta seja a triste e atual situação da sua família, mas saiba que Jesus nunca deixou de acreditar na restauração da família humana. Ele quer ver o seu lar transformado e feliz. Para isso, Jesus deu um precioso dom a cada um de nós: a capacidade de escolha. Portanto, escolha bem. Faça, livremente, sua opção pelo amor e pelo perdão.
Quanto a mim, também já fiz minha escolha de vida: optei por ser “José”, ou seja, ser um homem de Deus a serviço daqueles que me foram confiados. Lá em casa, minha recompensa diária tem sido ver minha família mais e mais feliz, dentro de um lar abençoado por Deus e revigorado em cada gesto concreto de amor e reconciliação. Vale a pena, meus irmãos, ser, aos olhos do mundo, esta “Igreja doméstica”!
Concluo esse post com o seguinte apelo: “Não desista da sua família!” Para isso você pode contar com o generoso auxílio de São José, de Nossa Senhora e desta Palavra Divina que nos impulsiona a não desanimar na reconstrução da nossa família:
“Toda casa tem um construtor. Ora, quem constrói tudo é Deus” (Hebreus 3,4).
Amparado por este versículo, diga a você mesmo com fé: “Mãos à obra!”
Deus o abençoe.
Alexandre Oliveira – Comunidade Canção Nova