O dia que a internet parou!

Nossos filhos estão crescendo num mundo em que os pendrives, mouses, notebooks e outros equipamentos fazem parte do material escolar. Através da rede de computadores, eles estudam, pesquisam, se comunicam, fazem compras, estabelecem vínculos e muito mais.
De maneira geral, as pessoas estão tão acostumadas com a internet permeando as mais simples tarefas do seu dia a dia que, por menor que seja uma falha de conexão, já se sentem perdidas e desamparadas no mundo. Hoje, os computadores – cada vez mais portáteis – são tão importantes quanto a geladeira para as famílias desse novo tempo.

São tantas as novidades tecnológicas que as ferramentas projetadas somente para os computadores, agora são facilmente encontradas nos telefones celulares. Em razão da tecnologia aplicada a esses aparelhos, e por suas diversas funcionalidades, muitos celulares são conhecidos como “smartphones”.

É muito comum comentarmos sobre aquilo que fazemos ou que pensamos, mas quase sempre, através de um monólogo dirigido aos nossos “seguidores” que estão espalhados em nossas redes sociais. Através de pequenos aparelhos, mesmo durante o horário de almoço é possível disparar uma mensagem no Twitter, saber o que está acontecendo no seu Facebook, atualizar seu blog ou gravar um vídeo para disponibilizá-lo em um dos serviços disponíveis pelas mídias sociais.

Com todos esses atrativos tecnológicos, qualquer pessoa poderá iniciar uma dependência e ser capaz de ficar conectada no mundo virtual de suas redes sociais 24 horas por dia, 7 dias por semana, se assim desejarem.

A falta de conexão com o mundo virtual nos trouxe a sensação de isolamento total, do mundo e das pessoas, como se estivéssemos no espaço sideral. Diante de uma “greve cibernética”, ainda que possamos nos sentir inconformados com a situação, precisamos buscar alternativas para ocupar aquele tempo que foi sequestrado pelos computadores. Uma opção é redescobrir a simplicidade de costumes interessantes – não tão antigos -, que eram sinônimo de interatividade no tempo de nossos pais. Por exemplo: passar o tempo proseando com os amigos sentados na varanda; ler aquele livro que se iniciou, por várias vezes, mas parou no primeiro capítulo, ou fazer uma sessão de cinema em casa, entre amigos, com direito a pipoca e guaraná.

Essas são atitudes simples, que favorecem oportunidades de estreitar os laços de amizade através de uma conversa ou comentários, sobre as suas impressões a respeito do filme assistido ou do livro que finalmente conseguiu concluir.

Não precisamos esperar um “blackout” na internet para intensificarmos nossos laços fraternos e retomarmos também aquelas coisas que têm sido raptadas pelos novos hábitos, gerados por nossa dependência adquirida num mundo virtual.

Um abraço

Dado Moura

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