Estamos vivendo o Tempo do Advento, no qual aguardamos e nos preparamos para a celebração do Natal. Momento em que nos reunimos para esperar o nascimento do Filho de Deus em nossos corações, pois hoje continuamos à espera de Sua chegada.
Cristo veio para mudar o rumo da história, que se divide em “antes” e “depois” d’Ele, por isso utilizamos o calendário gregoriano, que norteia toda a era cristã. No entanto, nem todos O aceitaram e entenderam a maneira utilizada por Deus para a nossa salvação. O povo judeu esperava um Messias que lhes trouxesse paz e que os tempos vindouros, após a vinda do Senhor, fossem tranquilos e livres de guerras, enfermidades e demais problemas próprios da condição humana.
Papa Francisco, em alguns dos seus discursos, neste ano, pediu aos cristãos que rezem pela paz no mundo. Principalmente pela paz e liberdade religiosa na Terra Santa e em todo o Oriente Médio.
“Que cessem, para sempre, a inimizade e as divisões. Que se retomem rapidamente os acordos de paz, muitas vezes paralisados por interesses obscuros e contrapostos. Sejam dadas, finalmente, reais garantias de liberdade religiosa a todos, junto ao direito para os cristãos de viver serenamente lá onde nasceram, na pátria que amam como cidadãos há dois mil anos, para contribuir como sempre ao bem de todos”, clama o Sumo Pontífice.
A pergunta que fazemos é: “Qual é a paz que o Messias trouxe para nós?”. Segundo padre Camilo, franciscano de 83 anos, começamos a contemplar esta paz quando começamos primeiro a vivê-la em nós, para depois passar este sentimento e atitudes para as outras pessoas.
“Quando olho para fora de mim, de fato, existe muita guerra, desde que os homens vivem nesta terra as guerras são existentes e a humanidade tem guerreado entre si. Há tanto sangue, e o que Isaías diz é válido e o que se faz necessário é entender. Quando eu, de forma singular, pego estas palavras de Isaías e começo a vivê-las em meu coração, assim começa a nascer a paz e não vemos o outro mais como inimigo”, disse o sacerdote.
Padre Camilo reforça que hoje o verbo que nos conduz não é mais o “esperar”, porque hoje Deus está presente entre nós, só não O vemos.
“Agora não é mais a espera [do nascimento de Jesus], mas procurar saber e enxergá-Lo, porque Ele se faz presente, é o Deus vivente. Hoje é o verbo ‘procurar’ que devemos utilizar, pois, neste tempo da história, nós não O vemos caminhando nesta terra, mas Ele disse que estaria presente em meio a nós. Porque cremos em Sua Palavra nós devemos buscá-Lo em tudo o que é verdadeiro, e o primeiro lugar é a Eucaristia, lugar de encontro com Ele”, recordou o franciscano.
Hoje, estamos às vésperas do Natal, momento em que vamos receber o nascimento da Criança de Belém, que nasceu com a missão de salvar a humanidade e pregar sobre o amor, a humildade, a fé, o perdão e a caridade.
“Existe no coração do homem o desejo de se encontrar com Deus e, no Cristianismo, o Senhor desce e diz a cada um: ‘Eu me faço homem como você e o coloco em meu Coração e o faço sentir-se filho de Deus, como Eu’. Para que isso aconteça Cristo veio ao mundo como um Bebê frágil, dependente de Seus pais e Ele nos convida a nos tornarmos crianças como Ele. Se formos capazes disso, então poderemos seguir e amar a Criança eterna e chamar a atenção de todos. Portanto, este ‘abaixamento’ de Cristo, como Menino, é lei para a psicologia do homem, pois Deus sabe que somos orgulhosos e só mesmo um Bebê poderia nos conduzir à esperança de trazer a novidade”, explicou o frei.
Peçamos a Deus a graça de ter um coração grato por Seu Filho ter se feito Menino e vindo morar entre nós, para que conseguíssemos compreender Sua pedagogia e Sua Palavra e nos tornar irmãos d’Ele e filhos de Deus. Preparemos o presépio de nosso coração para receber, com alegria, a chegada do Nosso Salvador e Deus.
Confira a reportagem produzida pelos missionários da Comunidade Canção Nova na Terra Santa:
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