Série "Vida: direito de todos" - O desenvolvimento da vida

Nossa viagem ao interior do ventre materno continua. Vamos acompanhar o desenvolvimento do embrião e a formação dos primeiros órgãos, que vai se dar com a rápida e eficiente multiplicação das células.

Com a formação do saco vitelino e posteriormente a placenta, o embrião passa a ter o seu sistema de desenvolvimento próprio, ou seja, os seus órgãos se formam por determinação biológica programada, na qual o agente ativo é o filho e a mãe é o agente passivo; o embrião em desenvolvimento não é uma parte do corpo da mãe.

Na terceira semana, o embrião começa a tomar forma como a de um cubo alargado. A parte superior será a cabeça e inferior, o tronco. Com 15 dias as células neurais já começam a agir no desenvolvimento embrionário. “Com 3 a 4 semanas de vida já é possível ver e ouvir as batidas do coração,  de forma que quando a mãe descobre estar grávida já há um outro coração batendo dentro dela. Nessa fase o embrião tem cerca de 2 milímetros e já é possível sentir o seu coração.

Segundo a doutora Elisabeth Kipman, médica especialista em ginecologia e obstetrícia, “a frequência da batida do coração [do embrião] é quase o dobro da frequência de um adulto, porque é a fase na qual se cresce de forma mais rápida”.

O coração, apesar de ser um membro ainda muito pequeno, precisa trabalhar de forma muito rápida porque as células necessitam disso, pois vão se multiplicar numa velocidade incrível. É a vida que quer existir. Em apenas três semanas, o embrião já formou o início do sistema nervoso e um coração capaz de distribuir os nutrientes para o seu pequeno corpo.

“Durante a gestação o filho quer mandar na mãe, porque o desenvolvimento é diferente. Uma das maneiras para se identificar que a mulher está grávida é justamente sentir que existe um coração que bate de uma forma bem mais acelerada do que o coração da mãe”, afirma a médica ginecologista.

Vídeo: veja o milagre do desenvolvimento no seio materno

Com 4 semanas o embrião já está do tamanho de um feijão; com 6 semanas o seu cérebro já está formado; no entanto, as ligações nervosas ainda estão em desenvolvimento. Com 8 semanas o pequeno ser se torna um feto, pois os seus membros, como olhos, pernas, braços, boca já começam a se revelar, inclusive a sua impressão digital.

Nesta fase o corpo da mulher trabalha de forma instintiva para proteger a nova vida que traz dentro de si. Reações como indisposição a carnes vermelhas, álcool e outras substâncias nocivas ao feto acontecem, porque o corpo materno quer proteger o seu filho. O que a mãe não consegue controlar na ingestão de nutrientes nocivos, a placenta tenta fazê-lo, filtrando o que é prejudicial ao feto e devolvendo-o para a corrente sanguínea da mãe. No entanto, sabe-se que nem toda substância nociva ao feto a placenta consegue reter. Drogas como o álcool e o tabaco, assim como outras mais fortes como a cocaína e o crack, afetam diretamente a criança no ventre de sua mãe.

De acordo com a doutora Elizabeth: “Com 8 semanas o feto já apresenta o gosto pelas coisas. De 9 a 12 semanas já é possível perceber que o feto reage à dor e também às ações de sua mãe”.

“Eu tenho certeza de que o maior de todos os mistérios, a maravilha maior do universo, é a criação de uma nova vida, de um novo ser humano, único, irrepetível, com uma história própria que, se for eliminado, ninguém mais vai viver [aquela vida]. Gerar um filho não é só uma resposta a um instinto biológico de continuidade, é a participação em algo mais profundo existencial da pessoa”.

De fato, acompanhar o desenvolvimento e o nascimento de uma nova vida é algo que nos remete à perfeição da criação de Deus. “Quando nós vemos uma criança que acabou de nascer no colo de sua mãe, e sabendo que aquela criança é imagem e semelhança de Deus, nós temos a certeza de que é mais Deus na terra. Porque o Senhor não se repete nunca, e cada criança traz uma qualidade específica d’Ele, que Ele quer anunciar por meio daquela criança”, conclui a médica.

Veja também:

– 1ª matéria da série: O início de uma nova vida

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