Braga tem na sua origem na cidade de Bracara Augusta, fundada pelos romanos na região da Galácia em 216 d.C , hoje norte de Portugal. Braga foi, desde sempre, um importante centro cultural, comercial e religioso e é considerada a segunda cidade cristã mais antiga da Europa, só antecedida pela Igreja de Roma.
A Sé de Braga, onde se realiza as mais importantes celebrações litúrgicas da Arquidiocese é a Catedral mais antiga do país, além de ser a maior referência religiosa em Portugal ao longo dos séculos. É neste cenário que entramos na semana Santa mais apreciada pelos portugueses, que acontece nesta cidade milenar, onde a fé e a tradição andam juntas. Com cerimónias próprias do período litúrgico da Semana Santa, tudo se realiza dentro da tradição medieval. São cerimónias repletas de relaismo, vividos num mistério de fé, onde a as diferentes expressões artísticas ajudam os fieis a interiorizarem . Durante toda a semana concertos de música sacra, teatro e outras manifestaçãoes artísticas convidam-nos a viver intensamente a espiritualidade desta semana maior.
A cidade veste-se de Roxo, cor que representa a Paixão de Jesus, casas, varandas com estandartes pendurados mostram a fé dos seus habitantes, vitrines de lojas com decorações que ilustram o tempo litúrgico vivido e estações da Via Sacra com quadro reperestativos espalhados pelo centro da cidade. Todo este ambiente nos convida a uma vivência profunda dos mistérios da redenção.
Nesta Quinta-feira Santa aconteceu a “Procissão Ecce Homo”, procissão organizada desde tempos antigos pela Irmandade da Misericórdia, e evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada. Abre o cortejo um exótico grupo dos farricocos com grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, empunhando matracas e fogaréus (taças com pinhas a arder). Daí chamar-se também «Procissão dos Fogaréus». Integrados na procissão, revestem um simbolismo diferente do da tarde: evocam os guardas que, munidos de archotes, foram, de noite, prender Jesus.
A imagem do Senhor «Ecce Homo» representa o Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão, dizendo: – «Eis o Homem!».
Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias.
A Procissão percorreu várias ruas da Cidade que contou com a presença de várias pessoas que mesmo debaixo de chuva não deixaram de estar presente nesta tradicional procissão.
A Equipe da Canção Nova Internacional esteve nas ruas de Braga para trazer -lhe um pouco do que se vive neste dias .
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