Dom Silvano Tomasi, observador da Santa Sé na ONU, fez uma revelação muito importante sobre como agem as instituições internacionais como a ONU e outras, para dominar o mundo e impor à humanidade uma cultura anti-católica, e de morte.
Dom Tomasi fez essa explanação na Conferênica – “O poder da palavra. Verdade e ideologia nos organismos internacionais” -, realizada em Roma (17.fev.2011). (Zenit. Org – 18/2/2011)
Ele disse que agora se usam novos termos para impor ideologias contrárias à moral católica. São palavras como “governance” (ao invés de governo), “partner” (ao invés de esposo), “gender” (homem/mulher), “saúde reprodutiva” (anticoncepção), e outros, com o objetivo claro de confundir e dissimular a maldade. E tudo isso é usado com uma visão extremista da “não-discriminação”. Esconde-se atrás desta palavra para se eliminar a moral católica. Ora, como disse, o bispo, “dizer que uma pera não é uma maçã não é uma discriminação”.
Dom Silvano alertou que tudo isso entra em nossa vida sem percebermos, e quando damos conta, já pode ser tarde demais; os filhos já foram contaminados pela nova ideologia e também os adultos; “tudo vai ficando normal’, porque “todo mundo aceita”.
Ele recordou o que disse o Papa Bento XVI sobre a “ditadura do relativismo”: “Uma boa parte das filosofias contemporâneas afirma que o homem não é capaz de conhecer a verdade. E, por conseguinte, o homem que não é capaz disso não poderia ter valores éticos”. Desta forma, “acaba aceitando, como única referência, a “opinião da maioria”. No entanto, a história demonstra quão destrutivas podem ser as maiorias”, como no caso “das ditaduras impostas pelo nazismo e pelo marxismo”.
Segundo Dom Silvano, os “gerentes” das organizações internacionais querem impor ao mundo uma nova realidade desejada por eles, onde os valores morais da tradição judaico-cristã são excluídos, “fazendo desaparecer os conceitos como: verdade, moral, consciência, razão, pai, mãe, filho, mandamento, pecado, hierarquia, natureza, matrimônio, etc..”
E tudo é feito falsamente em nome dos “direitos humanos”, e “para o bem de todos”, quando na verdade é desrespeito a esses direitos e destruição da família e da sociedade. Apresentam tudo como se estivessem criando uma “nova e mais elevada moral”. Apelando para os “direitos humanos” torna-se difícil para a maioria discordar das novas propostas. Assim, disse o bispo, abre-se “um atalho sedutor para grupos que não conseguem encontrar aprovação em espaços normais da política”. É uma grande cilada para a civilização cristã.
Segundo o bispo é um “novo vocabulário” usado para implantar uma “ideologia individualista”, egoísta e anti-cristã. Ele disse explicitamente que: “A aspiração das Nações Unidas é criar uma nova ordem internacional e, para conseguir isso, cria uma nova antropologia”, como quando se fala de gênero [ao invés de sexo], “não o dado pela natureza, mas o que o indivíduo escolhe”. E assim, Assim, “atinge-se a própria estrutura da sociedade no que diz respeito à família”.
Aos poucos essas “soft Law” (leis suáveis) vão sendo transformadas em normas jurídicas e leis e se aplicam até em cidades pequenas.
Nesta linha, disse o bispo, hoje, na Espanha e na Alemanha, “podem solicitar uma mudança de sexo garantida pela lei – independentemente das características físicas -, com um procedimento tão banal como ir a um cartório”. E se perguntou: “Como se pode defender a mulher, se o papel é apenas opcional?”.
É por tudo isso que João Paulo II dizia insistentemente que a família está ameaçada por forças muito poderosas que a querem destruir. Na sua Carta às Famílias, de 1994, ele disse que os inimigos de Deus se voltam hoje contra a família. Cabe, então, à Igreja e a cada cristão, defender esta obra de Deus, pois, se a família – segundo o coração de Deus – for destruída, a sociedade também o será.