Vamos ao desenvolvimento de uma nova vida humana no ventre de sua mãe. A vida avança rapidamente, o bebê se move frequentemente na barriga de sua mãe, isto porque o cérebro já começa a enviar descargas neurais para todo o corpo. Braços e pernas começam a se esticar, isto desde 9ª semana de gestação.
Muitos dizem que o aborto seria possível até a 14ª semana de gestação porque o feto não sentiria dor – como se a questão fosse apenas de sentir ou não a dor física. No entanto, a ciência comprova que o desenvolvimento cerebral na formação do corpo da criança é muito precoce, e as células nervosas, que vão comandar todo o desenvolvimento do corpo, são as primeiras a se formarem. Segundo a psicóloga Tatiana de Biagi “não podemos comprovar o que ou o quanto embrião ou o feto ele compreende (cognitivamente), mas podemos afirmar que ele se afeta com as reações negativas ou positivas de sua mãe”
Segundo ainda a psicóloga Taís Fátima, “O bebê está ligado a sua mãe, desde a concepção, não só para ele ter um corpo e desenvolver este corpo, mas o bebê está ligado a sua mãe para ele se desenvolver como pessoa.
Com 16 semanas (4 meses) o cérebro funciona a todo vapor. O sistema nervoso vai controlando pouco a pouco o corpo da criança, os músculos se flexionam, os dedos estão definidos, o tato com outros membros de seu corpo se torna cada vez mais frequente, isto porque o novo ser começa a ter maior consciência do espaço que o envolve. Com 18 semanas a mãe sentirá os primeiros movimentos bruscos do bebê.
Confira o depoimento das psicólogas Taís e Tatiana
Com 24 semanas (6 meses) a criança desenvolve melhor os seus sentidos, sobretudo a audição que será o sentido mais aguçado, onde o bebê terá maior contato com o mundo exterior. Estudos mostram que o líquido amniótico levam o gosto dos nutrientes que a mãe ingere, assim o criança desenvolve o olfato e o paladar. A visão é o único sentido que o bebê desenvolverá somente depois do nascimento, já que no ventre de sua mãe tudo é escuro.
A audição é sem dúvida o sentido que o feto mais desenvolve durante o seu tempo de formação. Como o feto está envolto pelo líquido amniótico, o som viaja pelo liquido 4 vezes mais rápido do que pelo oxigênio. Daí a importância do diálogo da mãe com o seu filho. Segundo a psicologa Tatiana “é importante que a mãe construa este vinculo com o seu bebê desde o momento da concepção até a sua formação intrauterina, porque desta forma ela indicará para o bebê que ele é amado e acolhido”
Durante este tempo, o bebê tem um companheiro que lhe é quase inseparável: o som dos batimentos cardíacos seu e de sua mãe. O bebê percebe logo as mudanças de estado emocional de sua mãe de acordo com o ritmo cardíaco. Se ela estiver tranquila e relaxada os batimentos cardíacos diminuirão, se estiver agitada e estressada, a pressão sanguínea aumentará e, ainda que o feto tenha sua fonte sanguínea separada de sua mãe, o fluxo sanguíneo será capitado pela placenta e o coração do bebê também disparará, comprovando que o bebê – através da corrente sanguínea – sente o que sua mãe sente. Estudos mostram que um alto nível de stress durante a gravidez pode provocar danos mentais nos primeiros anos de vida da criança
Com 28 semanas o bebê ganha peso, dorme no ventre de sua mãe, e se prepara para um momento traumático: o seu nascimento. Traumático porque deixará daqui a algumas semanas (33ª) a segurança do ventre materno, para enfrentar e o mundo e aos poucos tomar consciência do seu ser e ao longo da vida de sua missão nesta terra.
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