Vida: direito de todos - O início da vida

Muito se discute sobre o início da vida humana. A Igreja nunca abriu mão de que a vida inicia-se no momento da concepção, pois neste momento está o sopro de Deus sobre a matéria, isto é, a alma de um novo ser. As novas descobertas da ciência confirmam que na primeira célula está contida toda informação do indivíduo, irrepetível, com um código genético único.

A primeira matéria da nossa série, sobre o valor a vida, começa com os dados biológicos da formação de uma nova vida que se dá quando o espermatozóide (que carrega o código genético do pai) penetra o óvulo (que contém o código genético da mãe), assim, os gametas masculinos e femininos se fundem e, nesta fusão, temos uma nova individualidade molecular, única, irrepetível, diferente dos gâmetas que a geraram.

A partir daí, dá-se início a uma série de acontecimentos bioquímicos, moleculares e morfológicos, donde se forma uma nova célula, o embrião unicelular, também chamado “Zigoto” ou “Célula Ovo” (uma única célula com 46 cromossomos. 23 do pai e 23 da mãe). O zigoto não é uma célula do pai nem uma célula da mãe. Possui uma mensagem genética própria e irrepetível. Nunca existiu nem existirá um ser idêntico a ele, ou seja, temos nesta única célula uma pessoa, diferente de qualquer outra na face da terra e na história da humanidade.

Um dia depois da fecundação, ocorrerá a primeira multiplicação desta única célula, e o óvulo fecundado (que já é um embrião) viajará pela tuba uterina multiplicando-se e enviando mensagens para o útero – através dos hormônios –  para que ele possa receber o embrião de forma segura 7 dias depois de sua fecundação.

Segundo a bióloga Alice Ferreira Teixeira (doutora em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina e Pós-Doutorado na Research Division of Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Ohio, Estados Unidos) “estas células, que já estão se multiplicando ao longo da viagem na tuba uterina, constitui uma pessoa, porque estas células, que são chamadas Totipotentes (células-tronco embrionárias), são capazes de originar o individuo completo e os anexos embrionários, ou seja, é um conjunto de células com um desenvolvimento programado, ordenado e definido para constituir o ser humano”

Veja abaixo o depoimento da Dra. Alice Teixeira

Segundo a doutora Alice, nestas primeiras células que estão se multiplicando no útero da mãe dias depois da fecundação, já há,  inclusive, uma conversa entre filho e mãe, porque o embrião  envia mensagens através dos hormônios e faz com que o corpo materno o acolha e o receba. “É o embrião que vai enviar mensagens para a mãe, de modo que ele não seja rejeitado, pois se o embrião tem um genoma próprio, diferente da mãe, você poderia pensar numa rejeição imunológica por parte da mãe, mas isso não acontece porque o sistema imunológico materno está como que desativado para não abortar o seu filho”.

Podemos constatar que, nesta pequena célula, desde a sua fecundação, já está presente a vida, já está presente a alma, um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Qualquer ato contra esta pequena e única célula já é um atentado contra a vida, já é um ato contra o direito básico de todo ser humano, o direito de nascer.

Por quê a pílula do dia seguinte é abortiva?

A PDS (Pílula do Dia Seguinte) contém uma fortíssima carga hormonal que não permite que o embrião (óvulo fecundado) se ligue à parede do útero da mulher (nidação) e se desenvolva; assim, ele é eliminado acontecendo um aborto. Na maioria das vezes usa-se o Levonorgestrel (derivado da 19-nortestosterona), e em dosagens que equivalem de 7 a 11 comprimidos das pílulas anticoncepcionais comuns de uso diário.

Para a doutora Alice “a indústria farmacêutica, para vender os seus abortivos, como a Pílula do Dia Seguinte, começa a alegar que até o 14º dia não é um ser humano ainda, mas isso não é verdade; é sim um ser humano em desenvolvimento”.

Saiba mais sobre as consequências da PDS

  • Na próxima matéria você vai conferir a formação dos primeiros órgãos e o depoimento da Dra Elizabete Kipman Cerqueira, médica ginecologista/obstetra; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí (SP).

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