Durante vários séculos a Igreja Católica separou o mês de maio para honrar a Virgem Maria. Muitos papas consentiram, fundamentaram e apoiaram para que este mês fosse um tempo forte com Nossa Senhora.
Uma das tradições que marcam o início dessa devoção está situado que “no Ocidente, os primeiros testemunhos do mês de maio dedicado à Virgem Maria aparecem por volta do final do século XVI. No século XVIII, o mês mariano, no sentido moderno da expressão, já está bem atestado; trata-se porém, de uma época na qual os Pastores centram a sua ação apostólica – exceto para a penitência e o sacrifício eucarístico – não tanto na liturgia quanto nas práticas de piedade, e na qual os fiéis convergem preferencialmente para estas mesmas práticas”. (Diretório sobre piedade popular e liturgia).
Uma vez que o mês de maio impele toda Igreja a viver este mês com Maria, quais são os pilares para viver de modo profundo um “mês mariano”? É antes de tudo aproximar nossa vida aos acontecimentos da Virgem Maria. O que ela sempre guardou no coração como nos assegura às Escrituras, somos hoje convidados a encarnar em nossa própria existência.
A Virgem Santíssima, rendida a Deus, disse o seu FIAT para a vontade do Pai. Mesmo não sabendo como se daria tudo o que lhe fora anunciado, ela confia na ação da Providência Divina. Essa é a escola que Maria direciona para todo e qualquer cristão: a arte do abandono. A segurança de alguém que deseja e busca o céu não se encontra em suas capacidades, nos seus estudos e nem mesmo nas experiências vivenciadas. O amparo de um verdadeiro filho (a) da Imaculada deve ser a graça de Deus que o sustenta.
Por fim, o papa Francisco recentemente orientou toda Igreja para que neste mês de maio, lembrássemos da importância e a beleza da oração do Santo Terço. Assim afirma o sumo pontífice: “Recitando a Ave-Maria, somos levados a contemplar os mistérios de Jesus, refletir sobre os principais momentos de Sua vida, para que, como foi com Maria e São José, Ele seja o centro dos nossos pensamentos, da nossa atenção e de nossas ações. Seria bom que, especialmente neste mês, rezássemos juntos, em família, com os amigos, na paróquia, o Santo Terço ou alguma oração a Jesus e à Virgem Maria. A oração feita em comunidade é um momento precioso para tornar ainda mais forte a vida familiar, a amizade! Aprendamos a rezar mais em família e como família”!
Lucas Reis Vidipó