Nas vésperas da Sexta-feira da Paixão, na Quinta-feira Santa tem início o Tríduo pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, vivemos o momento sacramental deste mistério, atualiza-se, torna-se presente a realidade pascal ao longo de todos os séculos. No rito da Ceia do Senhor, que Jesus mandou celebrar em sua memória, Ele nos ofereceu o sacrifício pascal. Esta celebração litúrgica não é primitiva, talvez porque a tradição antiga tenha posto a instituição da Eucaristia e o início da Paixão na Terça e na Quarta-feiras Santas. Somente a partir dos séculos IV e V passou-se a celebrar a Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa. O rito do “lava-pés“, que anteriormente era complementar, com a atual reforma passa a fazer parte da celebração da Ceia do Senhor, depois da proclamação do Evangelho e da homilia. Este rito ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.
Depois da celebração da Missa da Ceia do Senhor, o altar é desnudado. A desnudação do altar é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela paixão e morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a Santa Missa, em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
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