Existe felicidade e felicidades… Mas quanto desgaste!

dez 10th, 2009 by Padre Anderson

 

Santa Teresinha do Menino Jesus afirmava: “A felicidade não esta nas coisas, mas no intimo da alma”. Uma expressão de modo nenhum descontada, da qual dizem algumas diretas conseqüências.

A felicidade de Jesus não se consegue possuindo as coisas da terra, mas renunciando a este possuir para não perder as coisas do céu.

Se alegrar daquilo que se é, e não daquilo que se tem. A verdadeira felicidade é como uma abertura de credito, ao contrario que como um réu perdoado. Muitos preferem encaixotar e não investir para ganharem um tesouro maior. Muitos ainda sofrem inúteis penas porque sedentos de verdadeira alegria, buscam satisfação entre as coisas caducas da terra.

Estes são destinados a consumir-se e com isto, ao seguimento, também a felicidade de viver: eis sobreviver no desânimo. Terra e céu, céu e terra: duas realidades que em Jesus se reconciliam, delineando o curso da vida, isto que é essencial para o homem, isto que pode originá-los uma felicidade verdadeira.

A felicidade de Jesus não é feita de sorrisos exteriores, falsos, vazios, mas cheio de lagrimas e de sofrimentos ofertados a Deus no silencio.

A Escritura chama esta condição de “sacrifico de louvor”, isto é, um coração que não deixa de oferecer alegria, também se tudo em torno é um inferno. Uma alegria purificada na dor, como o ouro ao fogo e, portanto, autentica e valorizadissima. Um rosto alegre, sereno, que não perde a confiança em Deus, também quando se queria gritar a desesperança ou o protestar contra o mesmo Deus: esta é a verdadeira felicidade, uma alegria verdadeiramente humana.

Coisa de santos? Não ao contrario, uma experiência que se indica a todos os homens e as mulheres que não se deixam vencer pelo medo e fazem entrar Deus, plenamente, nos seus acontecimentos pessoais, familiares, sociais. Sem nunca temer, porque – finalmente – só felicidade se pode ganhar.

A felicidade de Jesus não se consegue recebendo favores ou prazeres, mas doando a si mesmos sem pretender nada em troca. Do ut dês era lei romana, isto é, sou disposto a dar se me é dado alguma coisa. Do – sem condições – é o contrario da lei do nosso Deus. “Recordamo-nos das palavras do Senhor Jesus que disse: há mais alegria em dar do que receber” (At 20,35) e “Deus ama quem doa com alegria” (2Cor 9,7).

O cristão já recebeu tudo e sabe que não vive mais por si mesmo, nem por satisfações próprias queridas. A verdadeira felicidade vive em função dos outros e persegue uma vontade de bem que nos põe sempre em relação com os nossos semelhantes. O cristão não só não tem nada de pretender, mas sabe que tudo isto que de bom, de belo, de justo, de verdadeiro, que este mundo contém em Jesus o já recebeu. Dirá Santo Agostinho: “Senhor te possuindo, possuirei tudo”!

A felicidade de Jesus não é parenta da imprudência ou do tempo livre, mas do empenho para dilacerar as gargantas sempre mais destruidoras da tristeza da nossa vida e de quem nos é próximo.
O cristão não conhece progressivos do tempo, nem vive de relaxantes domingos. Repousar – por exemplo, nos dias de festa – significa gozar da presença de Deus nos mil e mil modos que é a comunidade eclesial, a vida fraterna, a experiência de um movimento e tantos outros saudáveis modos.

A verdadeira felicidade requer o empenho da partilha, especialmente para quem é mais provado. Também quando se esta em família, com os próprios caros ou com os amigos, a felicidade não pode conhecer cansaços ou hábitos de modos, porque terminam por não alimentá-la.

A felicidade de Jesus não se consegue jogando a luta, viajando em busca de emoções nunca provadas ou contemplando na televisão os campeonatos do nunca ou nunca mostrando o campeão
A felicidade não se compra, nem pode ligar-se a uma aposta vencida, ou um sonho que se completa. De outra forma a infelicidade será diretamente proporcional a impossibilidade que isto que se deseja se possa realizar, ou a impossibilidade que isto que se desejava, uma vez realizado, possa durar pela eternidade.

Onde esta o erro? Troca-se isto que se queria eternamente com isto que só é Eterno: Deus! Porque no homem tem um desejo ilimitado de infinito, um pungente desejo de Deus que nenhuma visão ou televisão conseguirá nunca encher. Quanta alegria de Deus é cada dia mostrada e seduz os corações dos mais simples.

 

Pe. Anderson Marçal
Comunidade Canção Nova – Roma