Num mundo marcado pelo individualismo, somos chamados à comunhão de vida. Comunhão esta que é plano de Deus para a humanidade. Aliás, comunhão presente em Deus, um só em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Toda missão deve objetivar a comunhão. Afinal, fomos criados à imagem e semelhança deste Deus Uno e Trino.
A vida só tem sentido quando partilhada. “Quem quiser ganhar a sua vida vai perdê-la, quem perder a sua vida por causa de mim, irá ganhá-la” (cf. João 12,25).
Quando vemos uma sociedade marcada pelo pensamento do buscar sempre a própria felicidade, encontramos barreiras para que o plano do Todo-poderoso se propague.
Formamos um só corpo, que deve estar bem unido e em que todas as divisões devem ser superadas.
Cada membro do corpo tem sua função em prol do todo (cf. 1 Coríntios 12, 12-30).
Na Igreja, vivemos e proclamamos esse caminho de comunhão. Cada um na sua função específica buscando o bem de todos.
Como sacerdote, tenho de ser um animador de comunidade.
É preciso levar vida ao que fazemos. Ser animador é justamente fazer isso, ou seja, vivificar pela força do Espírito nossas atividades, entrar no dinamismo do Espírito de Deus.
Como casal e pais, sacerdotes do lar, a missão é ensinar o mundo a crer no amor. Sempre digo que cada casal torna-se “uma parábola viva do Amor de Deus!” Quando unimos essas duas missões, fazemos acontecer o sonho do Criador: Vida Plena e marcada pelo Amor!
Em nossas comunidades, junto às crianças, aos adolescentes e aos jovens, temos que fazer acontecer este testemunho de comunhão. Ninguém vive para si: “Se vivemos, é para o Senhor que vivemos…” (Romanos 14,8).
E o Senhor se identifica com o Seu Corpo Místico, que é a Igreja, aí o Senhor se encontra.
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (cf. Mateus 18,20).
Criemos, ou mesmo, reativemos nossos espaços de solidariedade, de animação da vida e de vivência concreta do amor em nossos grupos. É pelo amor entre nós e para com os outros que somos reconhecidos como discípulos-missionários de Jesus. O Documento de Aparecida pede à Igreja uma “conversão pastoral”.
Penso que essa conversão passe por aí, ou seja, fazer com criatividade a Vida e o Amor acontecerem.
Sua vida tem sido sinal de comunhão? Vamos assumir os planos de Deus? Não ao egoísmo, ao egocentrismo, ao individualismo!
Sim à vida, sim à comunhão. Existimos para fazer outros felizes, para marcarmos a história passando pelo mundo a fazer o bem.
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma…” (cf. Atos dos Apóstolos 4,32).
Que nos vendo em nossas comunidades ou em nossas casas os de fora possam dizer: “Vejam como eles se amam!”
Quem se prepara para alguma missão, tenha sempre em vista o bem dos outros, o amor aos seus semelhantes!
Eis o caminho de todo ser humano, eis o sentido de toda vocação!
Pe. Rinaldo Roberto de Rezende
Cura da Catedral de São Dimas – SJC
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