Mentira e suas consequências.
“Permanece, assim, que nenhum homem bom deve mentir”. Assim diz Santo Agostinho em sua obra intitulada “Sobre a Mentira” (De Mendacio), mostrando de forma bem categórica o que ele pensa sobre a mentira e sobre o homem que mente.
Mentir é o ato de inventar, negar ou falsear um acontecimento ou pensamento que se acredita, é distorcer a verdade com intenção de enganar alguém, buscando benefício próprio, autoproteção, fugir da responsabilidade ou até mesmo com intenção de prejudicar outra pessoa.
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Independente do motivo, o fato é que a mentira sempre tem suas consequências, a primeira delas é o desgaste psicológico e estresse gerado mesmo sem ser descoberto, pois a mente precisa ficar em alerta e preparando todo o corpo para a defesa, quanto mais se mente, mais tensão e isolamento social a pessoa vive, pois precisa se esconder para não ser descoberta.
Dizer a verdade liberta e por mais dura que seja gera paz, pois a memória funciona de forma espontânea, o sistema de alerta é ativado apenas no momento daquela verdade revelada, após isso relaxa o corpo e a mente, a área cognitiva do cérebro funciona melhor, enquanto na mentira o organismo continua em estado de alerta, tentando memorizar a invenção, ou seja a pessoa fica escrava das suas próprias invenções pensando estar tirando proveito, sem falar quando as consequências são graves, pois a mentira pode levar a dividas, termino de relacionamentos, entre tantas outras situações desagradáveis, e também levar ao vício de mentir e comprometer a saúde mental.
Então, o melhor é sempre escolher dizer verdade, assumir quem você é, sem se esconder atrás de uma falsa imagem ou fantasias, viver de forma autêntica, mais leve e em paz consigo e com os outros.
Telma Lucia Daniel – Psicóloga Clínica (CRP 06/163522) e membro da Comunidade Canção Nova na Frente de Missão em São José dos Campos.