Você pode imaginar quão difícil é uma ruptura num relacionamento. É só olhar como as separações são doloridas e deixam marcas profundas nos cônjuges e nos filhos. Muitas dessas separações conjugais são frutos do pecado que casais acabam vivendo a dois: situações de mentira, desregramentos, afastamento de Deus, agressividade; desrespeito; palavras de ofensa um para com o outro e assim por diante.
É preciso romper com o pecado e não romper com o relacionamento. O pecado precisa ser extirpado da nossa relação. Tudo que corrompe aquilo que Deus criou por amor não pode mais fazer parte de nossa vida. Vejo que o pecado mais sutil e o que mais destrói matrimônios é a mentira. Mentir, enganar o outro ou até omitir alguma coisa pode custar caro, porque fere a dignidade da outra pessoa e põe em risco a confiança e a fidelidade. Escolher o caminho de não falar a verdade, mesmo que seja em pequenas coisas, é escolher pela traição da confiança que o cônjuge depositou em você. Isso mesmo! A mentira já é traição!
Jesus disse: “E a verdade vos libertará” (cf. João 8,32b). E é nesta perpectiva que os nossos relacionamentos podem amadurecer e tornar-se fecundos: quando uma pessoa pode confiar na outra, certa de que o (a) outro (a) está sempre lhe dizendo a verdade, que nada ficando às escuras, escondido, porque isso não é bom.
Para isso o primeiro passo é se decidir pela verdade, pela sua verdade, pois é nela que Deus pode agir e que as coisas vão tomando o rumo certo e se contrói uma vida feliz.
Fica a dica de hoje: rompa com o pecado da mentira no seu relacionamento. Decida-se por falar e viver sempre a partir da verdade, na luz, na graça de Deus.
Que o Senhor o abençoe neste propósito!
Diácono Paulo Lourenço