Canonização do Beato José de Anchieta - Programação São Paulo

ED6E8855-B1B6-AD5B-3BBA-ECE8853E4CB11

A canonização do beato José de Anchieta, conhecido como Padre Anchieta, que estava inicialmente marcada para esta quarta-feira (2), foi adiada para esta quinta-feira (3), segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“Informamos que a assinatura do Decreto do missionário padre José de Anchieta foi transferida para esta quinta-feira, 3 de abril, por volta do meio-dia (horário de Roma).”

Portanto, amanhã, 03 de abril de 2014, o Papa Francisco vai proclamar santo o Padre José de Anchieta, Apóstolo do Brasil. A canonização será feita por meio de um decreto que o Santo Padre vai assinar durante audiência com o Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos – departamento da Cúria Romana que acompanha os processos de Beatificação e Canonização.

Programação Canonização do Padre José de Anchieta

02 de abril (Vésperas)

14h – Repicar dos sinos em todas as igrejas da Arquidiocese de São Paulo, durante 5 minutos
14h30 – Entrevista coletiva à imprensa com o Cardeal Scherer (Pateo do Collegio)
18h – Celebração de louvor e ação de graças, presidida pelo Cardeal Scherer (Catedral da Sé)
19h30 – Celebração de louvor e ação de graças, presidida pelo Cardeal Scherer (Pateo do Collegio)

6 de abril

9h30 – concentração no Pateo do Collegio, com orações, cantos e apresentação de trecho de musical sobre a biografia do Padre Anchieta
10h15 – Saída da procissão, com a relíquia do Padre Anchieta, em direção à Catedral da Sé
11h – Missa solene em ação de graças pela Canonização, na Catedral da Sé, presidida pelo Cardeal Scherer e com presença do Prefeito e do Governador de São Paulo

24 de abril

18h (horário de Roma) – missa em ação de graças pela Canonização, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, presidida pelo Papa Francisco

Sobre a Canonização

Não foi reconhecido oficialmente o 2º milagre para que o Padre Anchieta fosse canonizado conforme as regras ordinárias. Neste caso, o Santo Padre usou de um dispositivo chamado “Canonizzazione Equipollente” (Canonização equivalente), em que o Papa, após atestar que o candidato responde a alguns requisitos, estende seu culto à Igreja no mundo todo (enquanto o culto do Beato é limitado aos locais em que ele atuou).

Para que a Canonização do Padre Anchieta fosse possível, os responsáveis pelo Processo – um deles o brasileiro padre Cesar Augusto dos Santos, vice-postulador da Causa de Anchieta – escreveram um relatório em que se procura demonstrar que o Padre Anchieta preenche os três requisitos exigidos para esse tipo de canonização:

– Culto antigo;
– Testemunho confiável ao longo da história em relação às suas virtudes;
– Fama ininterrupta de graças

Ou seja, mesmo sem um milagre oficialmente reconhecido, Padre Anchieta conta com uma lista grande de pessoas que testemunham graças atribuídas à sua intercessão. Mesmo sem ter condições de reconhecer tais relatos como milagres (uma vez que faltam atestados médicos, por exemplo), a Igreja tem grande atenção e carinho por esses relatos e os levou em consideração para canonizar o Apóstolo do Brasil.