Neste sábado, 25 de março, às 15h, a Canção Nova esteve presente, na Catedral da Sé, na celebração de encerramento do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo. Durante a cerimônia, foi lançada a Carta Pastoral pós-sinodal do Arcebispo Metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, com diretrizes e orientações pastorais que considerarão todo o processo percorrido no Sínodo.
Com a carta, também foram publicadas propostas elaboradas pela assembléia sinodal arquidiocesana.
Para Dom Odilo Scherer, agora é hora de trabalhar:
“Nós preparamos o campo, plantamos a semente, e agora precisa cultivar o terreno, para que as sementes lançadas possam crescer, se desenvolver e produzir o seu fruto.
O fruto que esperamos é o de comunhão, conversão e renovação missionária”.
SÍNODO
O itinerário sinodal na Igreja em São Paulo foi iniciado em 15 de junho de 2017, durante a celebração da Solenidade de Corpus Christi, com o tema “Caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” e o lema “Deus habita esta cidade, somos suas testemunhas”.
Dom Odilo destaca que, embora o Sínodo Arquidiocesano tenha iniciado em 2017, está em sintonia com o Sínodo universal, o qual toda a Igreja está realizando e que terá a sua primeira Assembléia em outubro deste ano de 2023.
“Foi necessário elaborar o Sínodo passo a passo”, afirma Dom Odilo, “e foi o que fizemos, com muita participação, o esforço de muitas pessoas, do povo das comunidades, das pastorais, em todos os níveis e regiões episcopais. Vamos confiar ao Espírito Santo esse trabalho feito. Que Ele continue a nos conduzir e fazer frutificar a semeadura que foi lançada”.
PROPOSTAS
Em 2022, a assembleia sinodal arquidiocesana finalmente pôde ocorrer. Em sete sessões, foram discutidas e discernidas diversas propostas pastorais que indicam algumas questões transversais para a ação evangelizadora da Igreja na metrópole.
A fase pós-sinodal será dedicada a colocar em prática as diversas indicações do sínodo, que, como afirmou Dom Odilo, não pode ser visto como um momento fechado sobre si mesmo:
“O sínodo é um processo que tem a finalidade de desencadear outros processos, para produzir os frutos que se esperam”.
CANÇÃO NOVA NO SÍNODO
A Comunidade Canção Nova em São Paulo, através do seus responsáveis de missão, participou de todas as assembleias sinodais arquidiocesanas. O atual responsável de missão, Italo Magno, afirma que os membros da comunidade participaram ativamente em suas paróquias, avaliando as atividades na base. Segundo ele, “os encontros da assembleia foram momentos de escuta, partilha e reflexões durante estes seis anos de Sínodo. As comissões temáticas se dedicaram a formular propostas a partir do que viram e ouviram ao longo de todo o processo sinodal arquidiocesano. As equipes se dedicaram sobre os diversos aspectos da cidade de São Paulo, os diferentes povos e realidades que aqui vivem e os desafios para a evangelização nesta cidade”.
Ítalo fala sobre as conclusões do Sínodo: “Chegamos ao final deste processo com um grande subsidio, para crescermos como Igreja, com um caminho de comunhão, conversão e renovação missionária e com um único objetivo: revitalizar e renovar a ação evangelizadora e missionária na Arquidiocese de São Paulo.”
CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO
A cerimônia de encerramento do Sínodo contou com a presença de toda a Igreja arquidiocesana, e durante a homilia, Dom Odilo convidou a Igreja de São Paulo a viver a “docilidade do Espírito Santo” neste processo pós-sinodal que se inicia:
“É o Espírito Santo o verdadeiro animador da Igreja e da vida eclesial. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz a igreja de São Paulo. Sem a docilidade do Espírito Santo, nada a igreja pode. Ela se tornaria um projeto humano. A Igreja não é um projeto humano apenas, ela é a comunidade dos discípulos de Jesus, que se deixa conduzir por Ele. Sua missão vai além do que os homens podem por suas próprias forças.”
No final da celebração, houve o ‘envio em missão’ para a etapa pós-sinodal, com o objetivo de assumir e viabilizar as orientações e propostas amadurecidas durante o sínodo, conforme acrescentou o Arcebispo Dom Odilo Scherer.
(Reportagem: Vanessa Lacquaneti)