A primeira lição da Liturgia de hoje é que o problema começa quando começamos a dialogar com o mal, como Eva fez. Ela não fez como Jesus, que dizia ao mal: “Cala-te e sai!”.

O pecado é uma iniciativa de cada um de nós. Eva tomou o fruto. Não foi culpa do demônio porque ele nunca nos tenta além da nossa capacidade. Ela comeu o fruto e ainda ofereceu ao seu marido. É importante observar que o demônio precisou argumentar para que a mulher comesse o fruto. O homem nem precisou de muita conversa e logo comeu.

Destacamos o papel da mulher na Primeira Leitura e no Evangelho. Quando Adão nota ele já está contaminado. Quando Isabel sente a presença de Maria, estremece.

Assim como o homem não consegue vencer a mulher, o demônio é vencido por Maria! O mesmo poder que o homem tem ao se impor sobre o homem, a mulher impôs sobre a serpente. A mulher chega e se impõe. Passa como um trator em cima da serpente.

Antes de o católico deixar a Igreja, ele deixa Maria. É uma luta espiritual. O demônio quer afastar Nossa Senhora das pessoas e das casas.

Até mesmo a minha vocação de padre foi inspirada por uma mulher, devota de Nossa Senhora! Como é fantástico observar que Nossa Senhora cuida de nós e de nossa vocação! É como uma mãe que mesmo sem forças, cuida do filho. O demônio não quer esta mulher na nossa casa, na nossa vida e na nossa família.

O demônio olha para nossa casa e podemos ficar tranqüilos porque ele vai ver a Mulher vestida de Sol. Se as mulheres são fontes de amor, imagine Maria!

Para Deus não existe tempo. Não precisa sentir saudades, por exemplo, do tempo de gravidez. Pode ser que na época em que você engravidou, não queria seu filho. Mas hoje você o quer, mudou de idéia. É normal, neste processo, vir o arrependimento. A própria pessoa se pune pela rejeição que fez. É preciso voltar no tempo, trabalhar situação e fazer oração de perdão e consertar o que aconteceu! A gestação é uma fase que marca nossa vida. E para isso, devemos pedir a ajuda de Maria.

“Virgem Maria, neste dia eu convido a Senhora a vir morar em minha casa. Assim como a senhora visitou Isabel, peço sua visita. Ofereço minha casa para que a senhora seja a Rainha e a Mulher Vestida de Sol! Caso qualquer ser espiritual olhe para minha casa, que ele veja, em primeiro lugar, a senhora. Por isso eu entrego todos em minha casa, como seus filhos. Que todos os nossos lares sejam lares de tua vitória!”

Padre Alir Sanagiotto, sjc
01/12/2007 – Aprofundamento de Oração: “Cura dos relacionamentos”
Transcrição: Danusa Rego