“A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida”, ensina o Papa Francisco
Nesse Dias das Mães, proponho uma pergunta para nossa reflexão: “o que escolhe uma mãe? Qual é a escolha de vida de uma mãe?”. O Papa Francisco afirma que “a escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande, isto é belo.”
Nas famílias, há sempre a presença da mãe. Todos nós devemos nossa vida a uma mãe, de quem nós herdamos a existência, a formação humana e espiritual. Artistas exaltam o papel materno por meio de poesias e músicas. Só que, no dia a dia, as mães nem sempre são escutadas e ajudadas; aproveita-se a disponibilidade delas de se sacrificarem pelos filhos para “economizar” nas despesas sociais. Até mesmo comunidades cristãs que honram a Mãe de Jesus desvalorizam a mãe.
Certamente, essa reflexão parte da experiência em Buenos Aires ao lado da dona Regina Maria, que tinha cinco filhos. Entre eles, o Jorge Bergoglio, hoje Papa Francisco: “uma mãe com os filhos tem sempre problemas, trabalhos. Lembro-me de que, em casa, éramos cinco filhos e enquanto um fazia uma travessura, o outro fazia outra, e a minha pobre mãe corria de um lado para o outro, mas era feliz. Deu-nos tanto”.
Mãe é aquela que gera e dá à luz os filhos. Assim acontece com a “Santa mãe Igreja.” O Evangelista Mateus escreve: “Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram” (Mt 2,11a). Maria, depois de sua gestação, apresenta o Filho ao mundo. Maria nos dá Jesus, nos mostra Jesus, nos faz ver Jesus.
“Ser mãe é pura doação.” Esta foi a conclusão a que minha esposa Adelita e eu chegamos depois que ela precisou ficar quase duas semanas em casa, afastada do trabalho, para cuidar de nosso filho de onze meses que estava com pneumonia. Isso aconteceu em 2012. Eu, o maridão, precisei me ausentar por uma semana para um compromisso fora de nossa cidade. Graças a Deus, pudemos contar com o apoio de amigos, que foram muito prestativos nesses dias e a ajudaram muito. Porém, a renúncia de minha esposa ficou nítida, já que ela é uma mulher muito ativa e sente prazer no convívio profissional. Esta partilha pessoal nos introduz em uma catequese do Papa Francisco que está em meu livro “Papa Francisco às Famílias – Os Segredos para a Conquista de um Lar Feliz” da Editora Canção Nova.
Martírio materno
‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, ao contrário, ‘dividem-se’, a partir do momento que hospedam um filho para dá-lo à luz e fazê-lo crescer.” A maternidade é o antídoto mais forte para romper com a propagação do individualismo egoísta. Ser mãe não significa somente colocar no mundo um filho, mas é também uma escolha de vida. O arcebispo Oscar Arnulfo Romero, beatificado em 2015, em El Salvador, dizia que as mães vivem um “martírio materno”. Romero destacou a capacidade de uma mãe: “Sem temor, com a simplicidade do martírio materno, concebe no seu seio um filho, dá à luz a ele, amamenta-o, fá-lo crescer e cuida dele com carinho. É dar a vida. É martírio.”
As mães possuem uma enorme capacidade de transmitir ternura, principalmente nos momentos mais difíceis. São elas que humanizam a sociedade e ensinam aos filhos as primeiras orações e os primeiros gestos de devoção.
(Trecho do Livro “Papa Francisco às Famílias – Os Segredos para a Conquista de um Lar Feliz”)
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