Restaurados para o amor

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Em Mateus, 18, 21, vemos que Jesus diz que devemos perdoar na mesma medida em que perdoamos as pessoas que nos ofendem. É como um carro que precisa de conserto cada vez em que apresenta algum problema.

A pessoa não é criada no momento da fusão com o espermatozóide e sim no ato de amor. Isso prova que somos mais do que nosso corpo. Um dia a pessoa deixa o corpo e não perde nada. Partindo deste princípio entendemos porque é preciso valorizar a vida, que inicia antes mesmo da fecundação.

No momento em que Deus nos cura, começamos a ter iniciativa. Entendemos diversas situações de nossa história.

Estudos demonstram que dentro do ventre da mãe o bebê sente o que a mãe sente: sintomas físicos (como falta de ar), dor por uma briga com o pai. Rejeitar um filho gera efeitos e estragos.

A terapia não trabalha com cura e sim com mudanças. A cura é necessária! É necessário olhar para o passado, mas perdoando. É necessário fazer a terapia do perdão!

Quando eu trabalhei minha história, vi também o bem que eu representava. Não só as coisas negativas. Assim comecei a ver os gestos que meu pai fazia por me amar. Passei a ficar encantado com meu pai! Passei a lidar de outra forma com a autoridade. Como é importante e maravilhoso trabalhar o perdão.

Fatores como tentativa de aborto, separação e desunião dos pais marcam profundamente a vida de uma pessoa.

Quando um bebê está doente o primeiro diagnóstico deveria ser analisar o relacionamento dos pais. As pessoas ficam doentes por não se sentirem amadas. Este não é o único fator, mas especialistas afirmam que 70 a 80% das pessoas ficam doentes por falta de amor.

É necessário trabalhar relacionamento entre noras e sogras, casais… É importante compreender que os comportamentos são resultados da história de cada um. Quantos choques as pessoas com quem você convive já vivenciaram?

É importante exercitar isso escrevendo nossas histórias, fazendo um diário de nossas vidas e, até mesmo, dá-lo de presente para o esposo e esposa. Este é o melhor presente que você pode dar.

Cada princípio universal que é ferido contra nós ou até por você mesmo deve passar por um processo de perdão. “Até” que eu me sinta profundamente aliviado. O perdão nos alivia. Por isso Jesus usou a palavra “até”. “Até” setenta vezes sete. Quanto mais você está doente, mais deve medicar-se! Seja fiel na oração do perdão.

A grande pergunta deste encontro é: “Como um casal tão apaixonado não se suporta mais?” A resposta é: “Perdoem-se”.

Pode até faltar amor de pai e de mãe, mas o amor de Deus não falta, nos cura e nos liberta!

Padre Alir Sanagiotto, sjc02/12/2007 – Aprofundamento de Oração: “Cura dos relacionamentos”
Transcrição: Danusa Rego